Recuperação

A técnica da recuperação é uma poderosa ferramenta de aprendizagem, sendo utilizada em muitas escolas, onde se tem revelado muito eficaz para facilitar a apreensão dos conteúdos por parte dos alunos. O maior problema desta técnica é o mau uso que por vezes lhe é dado, em que em vez de ser utilizada para o fim para que foi criada, que é facilitar o processo de aprendizagem, é utilizada como meio de avaliação.

Falaremos de tudo isto na secção seguinte, onde faremos uma análise básica das caraterísticas fundamentais desta técnica de estudo e de como pode ser aplicada eficazmente.

Em que é que consiste?

A técnica de recuperação consiste em incentivar uma aprendizagem efectiva através do método de questionários e testes curtos de perguntas curtas. Como já foi referido, a ideia não é utilizá-la como um meio de avaliação dos alunos, mas como uma forma de transmitir conhecimentos.

Esta é uma das poucas técnicas que é direcionada para o professor, pois é ele que tem de a aplicar. Quando temos um exame, preparamo-nos antecipadamente com o objetivo de memorizar o conteúdo, normalmente num curto espaço de tempo, para depois o aplicarmos no exame. Aprender desta forma não costuma ser eficaz a médio e longo prazo, acabamos por esquecer o que aprendemos num curto espaço de tempo e, ao contrário do que se pensa, não avaliamos com a pressão necessária porque antecipamos a situação que vamos enfrentar.

Com o objetivo de ultrapassar estes desfasamentos do ensino tradicional, a técnica de recuperação propõe um questionário de perguntas curtas e objectivas que procuram medir a aprendizagem do aluno, não para lhe dar uma nota, mas para o fazer perceber os pontos fortes e fracos dos seus conhecimentos. Esses questionários devem ser uma surpresa, o que aumentará a pressão, mas sempre deixando claro que eles não afetarão a nota do aluno, pois o que queremos é que ele aprenda e estude.

Resultados da aplicação desta técnica

Já dissemos que esta técnica é o resultado de novos modelos de aprendizagem, pelo que vai contra o ensino tradicional e arcaico. Os estudos efectuados a este respeito, em várias universidades de prestígio, deram resultados muito encorajadores. Grandes amostras de alunos foram comparadas na aplicação de exames em que os alunos foram previamente informados. Foram-lhes dados os objectivos do exame e o material bibliográfico necessário para estudar. Depois de terem passado longas horas a memorizar o conteúdo, tendem a esquecê-lo num curto espaço de tempo.

Por outro lado, quando esta técnica foi utilizada, utilizando questionários surpresa, sem informação prévia para os alunos se prepararem, os efeitos na memória são muito mais duradouros. Quando o questionário é corrigido e