Tipos de pessoas emocionais de acordo com a sua gestão

Um Espectro de Consciência Emocional

Não somos todos iguais na forma como nos relacionamos com a torrente das nossas emoções.

Com base no trabalho pioneiro do psicólogo John Mayer, podemos identificar um espectro de estilos de gestão emocional, que podem ser agrupados em três perfis principais.

Compreender onde nos encaixamos neste espectro é um exercício fundamental de autoconsciência, pois revela o nosso padrão habitual e mostra-nos o caminho para um maior domínio emocional.

O Perfil "Submerso"

Numa das extremidades do espectro está a pessoa "submersa" ou "engolfada". Este indivíduo sente-se completamente à mercê das suas emoções.

Para eles, os sentimentos são como ondas gigantes que os arrastam, sem nada que possam fazer para resistir.

Não há separação entre eles e as suas emoções; quando estão zangados, é a sua raiva. Quando estão tristes, é a sua tristeza.

Vivem num estado constante de reatividade, sobrecarregados pelos seus impulsos e sem consciência de que têm qualquer controlo ou escolha sobre o seu estado interno.

A sua vida emocional é frequentemente caótica e volátil, marcada por altos e baixos imprevisíveis.

O Perfil "Aceitador"

Um passo em frente no espectro da consciência está a pessoa "aceitadora".

Este perfil representa um avanço significativo, pois estas pessoas estão conscientes das suas emoções.

Sabem quando estão tristes, felizes ou ansiosas. No entanto, a sua atitude em relação a estes sentimentos é passiva.

Aceitam-nos como um facto imutável, como se fosse o clima.

"Hoje sinto-me deprimido", dizem, e resignam-se a passar o dia sob esta nuvem emocional sem tentar mudá-la.

Embora estejam conscientes, não se sentem fortalecidos ou não conhecem as ferramentas para gerir ativamente o seu estado.

Aceitam as suas emoções, mas não as lideram.

O Perfil "Autoconsciente"

No extremo mais evoluído do espectro está a pessoa "autoconsciente". Este é o ideal da inteligência emocional.

Este indivíduo não só reconhece as suas emoções, como também as compreende profundamente e, mais importante, sabe que tem a capacidade de escolher como responder a elas.

Compreendem que, embora uma emoção como a raiva possa surgir espontaneamente, têm a opção de não serem influenciados por ela.

Podem observar a emoção, decidir se é uma resposta apropriada e útil à situação e, se não for, utilizar ativamente estratégias de regulação para alterar o seu estado.

Esta pessoa não é vítima das suas emoções, mas sim a sábia administradora do seu mundo interior.