Transcrição Deixe-se conhecer tal como é
A necessidade de nos sentirmos aceites por um determinado círculo de pessoas, numa determinada área da sociedade, leva-nos, através de uma profissão, a procurar aquela peça do puzzle que ainda não encontrámos, para sentirmos que cumprimos um objetivo e que somos úteis em alguma coisa; para sentirmos que somos necessários.
Durante o início da formação profissional e humana, tomamos naturalmente como referência, sem nos apercebermos, protótipos de personalidades bem sucedidas para nós; como se vestem, como falam, os seus gestos, as suas frases, tomamos emprestada a sua identidade psicológica, sendo cada vez mais difícil separarmo-nos da sociedade de consumo em que vivemos.
É por isso que nos colocamos a questão:
- Como ser verdadeiramente autêntico?
Como coach de negócios, devemos possuir um vasto leque de conhecimentos e experiências para podermos orientar os nossos clientes para o sucesso. O que é que nos distingue de outros coaches que podem ter as mesmas qualidades e até ferramentas? Nós, humanos, somos uma espécie que, como todas as espécies, partilha caraterísticas físicas semelhantes. Mas o que nos torna únicos é a nossa personalidade e, com ela, algo com que alguns nascem e outros aprendem a cultivar: a autenticidade.
A prática
Este preâmbulo da autenticidade não é algo definível, porque não devemos julgar um outro ser humano pelo facto de ele ser mais ou menos estranho ou semelhante. É o mesmo que acontece com os objectivos que estabelecemos para nós próprios; vamos construindo-os à medida que avançamos. Por isso, aqui ficam alguns conselhos e operações através dos quais podemos dar alguma autenticidade ao nosso perfil na Internet, bem como ao nosso tratamento quando estamos perante clientes.
Estes conceitos não são para reproduzir a autenticidade industrial, como se pode pensar, mas para consolidar individualmente uma visão com a qual nos podemos identificar e conseguir ajudar os outros.
O melhor de tudo é que cada um dará o seu toque pessoal.
Estado de espírito.
Todos nós apreciamos a forma como as pessoas nos tratam, bem como o produto. Quando gostamos do nosso trabalho, é fácil mostrar um sorriso a toda a gente. Se não estivermos de bom humor, é melhor ficarmos em casa. Como treinador, é vital ter um estado de espírito positivo e favorável. Porque conseguimos transmitir a mesma energia ao cliente e, por conseguinte, fazer com que o cliente tenha uma melhor experiência durante a venda, para que possamos ganhar a sua confiança sem grande esforço e encorajá-lo a tornar-se um cliente frequente do nosso serviço. Isto torná-lo-ia um treinador convincente e dinâmico, gerando um bom feedback que o ajudaria a prosseguir o seu caminho.
Slogan pessoal.
Uma vez que tenha claro o seu objetivo, bem como os conceitos particulares que identificarão a sua empresa, crie um slogan pessoal. Uma frase que possa resumir o conteúdo do seu trabalho; as ideias que defende, o que a sua empresa representaria para os clientes. Algo que queira dizer; pode funcionar bem se precisar de fazer publicidade ou na sua marca pessoal. Não se esqueça de que deve ser uma mensagem de encorajamento em que os seus clientes se possam sentir incluídos. Tem de pensar nisto porque um slogan pode acompanhá-lo durante muito tempo na sua carreira de treinador.
Criatividade.
Muitos podem pensar que a criatividade é apenas para os artistas, mas estão enganados, a criatividade é natural nos seres humanos e é também estimulada pelas experiências. Para começar um negócio é importante ser criativo. Principalmente não descartando as ideias que surgem na mente, por mais simples que pareçam, não se sabe onde podem levar. Com criatividade, podemos destacar a nossa autenticidade. Talvez uma ideia seja o motor de todo um projeto de vida, e quando somos criativos com os recursos que temos, podemos desenvolver toda uma gama de ofertas e soluções de acordo com as nossas capacidades ou as particularidades do nosso negócio. Nem tudo tem de ser apenas números.
Saber ouvir.
Um problema frequente nos dias de hoje é que ninguém tem tempo para prestar atenção a coisas que não sabe, fazendo com que se percam diariamente muitas oportunidades de trocar informações valiosas e fazer amizades.
Por isso, se é uma dessas pessoas que sabe ouvir os outros, se tem a dedicação e a paciência para dar importância ao que os outros precisam de exprimir, então é mais provável que se ligue às pessoas. Como treinador, precisa de ser um bom ouvinte para os seus clientes, porque eles são a razão de ser do negócio, é por causa das suas preocupações que a empresa existe.
Pensamento crítico.
Ótimo. Aqui temos de parar por um momento. Não é que agora possamos dizer tudo o que pensamos sobre um determinado assunto, porque ninguém gosta de um sabe-tudo. Mas é bom encorajarmo-nos a pensar criticamente sobre o ambiente que nos rodeia, porque isso faz com que os compradores percebam que não somos apenas uma cópia de reprodução; também podemos gerar juízos de valor e realçar a nossa autenticidade. Lembre-se que o cliente tem sempre razão. Saber reconhecer quando cometemos erros e como corrigi-los é também um índice de responsabilidade que nos cabe.
Ser participativo.
Para destacar a nossa personalidade e também para dar a conhecer o nosso negócio, é um ponto de apoio ser participativo com a nossa opinião tanto em eventos presenciais, conferências, workshops, palestras e feiras como no ambiente digital. Quanto mais os potenciais clientes notarem a nossa presença, mais oportunidades teremos de os alcançar. Além disso, através da participação, podemos pôr em prática o nosso vocabulário e mostrar a nossa autenticidade.
Inteligência emocional.
Este conceito foi popularizado em 1995 pelo psicólogo Daniel Goleman no seu livro "Inteligência emocional". A utilização deste termo clarificou vários aspectos da psicologia e a sua aplicação no mundo empresarial, uma vez que nos permite estar conscientes do desenvolvimento da capacidade de interpretar, compreender e responder às nossas próprias emoções e às dos outros. Para um coach empresarial, existem chaves que nos ajudam a compreender melhor o ambiente em que operamos com outras perspectivas, como a auto-consciência e a autorregulação emocional, as relações interpessoais, a empatia e a auto-motivação. A IE é utilizada tanto para reforçar as relações entre gestores e empregados como no serviço ao cliente, onde se consegue uma abordagem mais acessível e empática para com o consumidor. É óbvio que se utilizarmos estes conceitos, os primeiros sinais de originalidade aparecerão na nossa empresa.
dar se conhecer