Transcrição Segurança psicológica: o antídoto contra o assédio
Definição de segurança psicológica no trabalho
Para além da prevenção de riscos, o objetivo deve ser a construção da segurança psicológica.
Este conceito define um ambiente onde os membros da equipa se sentem seguros para assumir riscos interpessoais: fazer perguntas «tolas», admitir erros, propor ideias disruptivas ou apontar problemas sem medo de serem envergonhados, rejeitados ou punidos.
Num ambiente com elevada segurança psicológica, o assédio não pode prosperar porque a transparência é total.
O assédio precisa de obscuridade e medo para sobreviver; a segurança psicológica ilumina as interações e empodera a voz coletiva.
A ligação entre medo e inovação
Existe uma correlação inversa entre o medo e a capacidade cognitiva.
Quando um funcionário trabalha sob a ameaça constante de críticas destrutivas ou zombarias (elementos do assédio), seu cérebro ativa mecanismos de defesa primitivos (luta ou fuga), bloqueando as áreas responsáveis pelo pensamento criativo e pela resolução de problemas complexos.
As empresas que toleram os «gênios tiranos» sob a desculpa da excelência técnica estão, na verdade, limitando seu próprio potencial de inovação.
Um ambiente livre de violência não é apenas um imperativo moral, mas uma estratégia de negócios inteligente para maximizar o desempenho intelectual do capital humano.
Construção de confiança radical
Para passar de um ambiente tóxico para um seguro, é necessário um esforço deliberado de construção de confiança. Isso implica normalizar a vulnerabilidade.
Quando um líder admite "errei nesta decisão" perante a sua equipa, desarma a dinâmica de poder infalível que muitas vezes sustenta o abuso.
Promover debates saudáveis, onde se atacam as ideias e não as pessoas, é fundamental.
A organização deve recompensar a colaboração e a ajuda mútua com a mesma ênfase com que recompensa a realização individual, desmantelando assim
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