Transcrição Construção da Resiliência Organizacional
Aprendizagem pós-traumática institucional
Assim como as pessoas podem experimentar crescimento pós-traumático, as organizações também devem fazê-lo.
Uma empresa resiliente não é aquela que nunca tem problemas, mas aquela que aprende com eles para não repeti-los.
Após encerrar um caso de assédio, a direção deve realizar uma análise forense da cultura: que falhas sistémicas permitiram que isso acontecesse? A seleção de pessoal, a supervisão ou o canal de denúncias falharam? Transformar a crise num caso de estudo interno (anonimizado) e ajustar os processos transforma a dor em capital de conhecimento, blindando a estrutura contra riscos semelhantes no futuro.
Fortalecimento das redes de apoio social
A resiliência não é uma qualidade solitária; é comunitária. As organizações devem promover ativamente redes de apoio social entre os funcionários.
Isto é conseguido através da criação de espaços de interação não puramente laborais, grupos de afinidade ou programas de voluntariado corporativo.
Quando os funcionários têm laços emocionais sólidos e positivos com os seus colegas, o tecido social atua como uma rede de contenção.
Num ambiente conectado e solidário, é muito mais difícil para um agressor isolar uma vítima, pois o grupo reage protegendo o membro vulnerável em vez de excluí-lo.
Narrativas de superação e cultura de cuidado
Por fim, a cultura é moldada pelas histórias que são contadas.
Uma organização saudável troca a narrativa do «sobrevivente silencioso» pela do «cuidado coletivo».
Deve-se promover uma cultura em que pedir ajuda não seja sinal de fraqueza profissional.
Celebrar exemplos de companheirismo, resolução pacífica de conflitos e liderança servil reforça os comportamentos desejados.
A resiliência organizacional consolida-se quando o bem-estar psicológico deixa de ser um programa periférico e se integra na própria definição de suces
construcao da resiliencia organizacional