Transcrição Aspectos da amostragem
Os protocolos de teste requerem uma atenção especial, uma vez que os resultados da análise de substâncias alergénicas dependem em grande medida dos mesmos, e também desempenham um papel muito importante na verificação e validação contínua dos planos de gestão de alergénios.
As amostras demasiado pequenas ou provenientes de apenas um local não são amostras representativas e é pouco provável que forneçam resultados de análise representativos do processo de produção. Por conseguinte, é necessário que a localização e a dimensão de todas as amostras recolhidas, incluindo as de produtos intermédios ou acabados, sejam representativas.
A amostragem deve basear-se na avaliação dos riscos, especialmente na sua localização e frequência, que devem ser identificadas no plano de gestão dos riscos.
Exemplos disto são os equipamentos utilizados com mais frequência na produção ou utilizados no manuseamento de alergénios, tais como misturadores, moinhos, etc., que devem ser amostrados com mais frequência do que os componentes que estão separados uns dos outros ou que representam um baixo risco de contaminação por alergénios.
Devem ser utilizados utensílios limpos, de preferência espátulas ou colheres descartáveis, para a recolha de amostras.
Para evitar resultados falsos positivos devido à utilização de equipamento de amostragem ou de recipientes de armazenamento contaminados, as amostras devem ser armazenadas em recipientes limpos, de preferência descartáveis.
Para a transferência de amostras para o laboratório, deve prestar-se grande atenção à presença física das amostras, de modo a que possam ser enviadas em condições óptimas para evitar a sua deterioração.
Em comparação com as amostras líquidas ou húmidas, as amostras secas tendem a ser menos propensas à deterioração. Por conseguinte, as amostras líquidas ou húmidas devem ser expedidas em veículos ou contentores refrigerados, dependendo do tempo de transporte previsto, enquanto as amostras secas podem ser expedidas sem refrigeração. Tipos de amostras: Em geral, o ambiente de produção e a atividade específica a monitorizar influenciam o tipo de amostras a colher para análise.
A classificação das amostras pode ser a seguinte
- Zaragatoas ambientais: para o controlo de alergénios residuais nas superfícies de contacto com os alimentos.
- Materiais de purga ou materiais de limpeza secos: utilizados em sistemas de controlo em que a lavagem com água não é adequada.
- Placas de decantação ou amostras de ar: utilizadas para controlar a remoção de poeiras.
- Enxaguamento CIP: utilizado para monitorizar a eficiência do sistema de limpeza.
- Produto acabado: utilizado em combinação com outras amostras dos tipos acima referidos, para monitorizar a eficácia da limpeza, após a limpeza.
Amostra de validação da limpeza: para avaliar a existência de uma possível contaminação cruzada homogénea:
- Estas amostras devem ser colhidas antes e depois do processo de limpeza e são utilizadas para validar o efeito da limpeza em processos recorrentes, como por exemplo, mudanças no fabrico de um produto com a presença de um alergénio específico para um produto que não contém esse alergénio.
- As amostras devem incluir o produto inicial, os materiais de limpeza ou de limpeza a seco, como açúcar ou gordura, caso a lavagem com água não funcione, e o produto resultante.
- Se houver a possibilidade de os produtos alergénicos, tais como aerossóis ou poeiras, se espalharem para além do equipamento de produção imediato, as áreas de risco devem ser limpas para impedir uma possível contaminação por alergénios.
- Nos processos de produção a seco, pode ser mais adequado utilizar placas de decantação ou amostras de controlo do ar para monitorizar o nível de contaminação por alergénios.
- Após a limpeza, é necessária uma análise quantitativa para demonstrar a eficiência do processo de limpeza na redução dos níveis de alergénios.
Amostra de validação da limpeza: utilizada para avaliar a possível existência de contaminação cruzada homogénea:
- Deve ter-se cuidado com determinados agentes de limpeza, uma vez que podem por vezes conduzir a resultados falsos negativos, uma vez que podem afetar negativamente os métodos de análise ELISA (Enzyme-linked Immunosorbent Assay) e PCR (Polymerase Chain Reaction).
- O laboratório deve s
amostragem relativa