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Peculiaridades da alimentação dos bebés

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Transcrição Peculiaridades da alimentação dos bebés


Uma das tarefas mais importantes que os pais e os responsáveis pelas crianças em creches, jardins-de-infância e outros centros têm de enfrentar é a alimentação dos mais pequenos, pois é um dos pilares básicos para evitar o aparecimento de distúrbios de saúde associados à alimentação e para prevenir o aparecimento de doenças crónicas como a obesidade, a hipertensão arterial, a osteoporose e a diabetes, entre outras.

A infância é a melhor altura para a formação de hábitos alimentares corretos. Os hábitos assimilados entre os 3 e os 6 anos perduram ao longo da vida, pelo que em casa, no infantário ou na cantina da escola, os pais, encarregados de educação, professores ou tutores devem dar o exemplo para que as crianças, que são grandes imitadoras, adquiram e mantenham padrões adequados que lhes permitam crescer e desenvolver-se sem o risco de adquirirem maus hábitos que possam prejudicar o seu estado de saúde atual ou futuro.

Embora haja interesse em alimentar os filhos, familiares ou alunos de forma saudável, pode ser uma tarefa complexa para alguns, devido à falta de recursos materiais, ambiente social, crenças religiosas e desconhecimento de aspectos relacionados com a alimentação e nutrição dos mais pequenos, pelo que a procura de informação segura sobre o tema, poderá facilitar o planeamento de ementas e pratos adequados às necessidades nutricionais dos primeiros anos de vida.

Objectivos da nutrição infantil:

  • Promover o crescimento e a maturação dos diferentes órgãos e sistemas durante a infância por meio de uma alimentação adequada.
  • Evitar carências de nutrientes, especialmente de micronutrientes, presentes em alimentos tradicionalmente considerados menos atractivos, como os legumes, a fruta fresca e o peixe.
  • Estabelecer hábitos alimentares saudáveis que previnam o aparecimento de perturbações de saúde como a anorexia e a obesidade.
  • Prevenir o aparecimento de doenças de base nutricional, como a hipertensão, a diabetes e a osteoporose, que afectam a qualidade e a esperança de vida.

Peculiaridades do desenvolvimento infantil que influenciam a nutrição durante as diferentes fases da infância

Primeiro ano de vida: Durante o primeiro ano de vida verifica-se um crescimento e maturação acelerados dos órgãos e sistemas, acompanhados pelo desenvolvimento das capacidades motoras; elementos que condicionam as elevadas necessidades de nutrientes e o aumento das consequências negativas que as suas carências provocam a curto, médio e longo prazo no organismo.

Uma alimentação correta durante este período está associada à prevenção de certos distúrbios de saúde que podem surgir noutros períodos da vida, como a obesidade, a diabetes, as doenças cardiovasculares e a osteoporose. Durante o primeiro ano de vida, podem distinguir-se dois períodos de alimentação

Período de aleitamento materno exclusivo: Durante este período, o leite materno é recomendado como alimento exclusivo. O aleitamento materno deve começar cedo, para favorecer a produção de leite e reforçar o vínculo mãe-filho.

Do nascimento aos quatro meses de vida, o bebé deve ser alimentado com uma frequência entre duas horas e meia e quatro horas, de forma variável, devendo este ritmo ser respeitado, evitando o estabelecimento de horários rígidos de alimentação.

Até aos quatro meses, o bebé apresenta um reflexo de sucção vigoroso durante as mamadas, que mantém até se sentir satisfeito, pelo que não se deve insistir para que continue a beber após o sinal de saciedade.

Também até ao quarto mês de vida, existe um reflexo em que os alimentos sólidos que se tentam dar ao bebé são empurrados para fora pela língua.

Período de transição: Durante este período, recomenda-se a introdução progressiva de outros alimentos, mantendo o aleitamento materno ou a alimentação artificial. Deve ser iniciada por volta dos seis meses de idade, quando a criança desenvolve o apetite e começa a manifestar preferências e aversões, muitas vezes definidas até ao final do primeiro ano de vida. Por vezes, o pediatra recomenda que esta fase se inicie um pouco mais cedo, mas sempre após os quatro meses de idade.

A fase de transição deve ser prolongada até à idade de um ano, para facilitar a introdução individual de cada alimento, tendo em conta o desenvolvimento e a maturação dos órgãos e sistemas envolvidos nos processos de alimentação e nutrição.

Entre um ano e três anos: Esta fase começa quando a criança come praticamente tudo e continua a aperfeiçoar o processo de mastigação, de modo que a quantidade de alimentos moídos é progressivamente reduzida e a dieta torna-se muito mais variada. Desperta o interesse em comer sozinho, em experimentar diferentes alimentos e em ganhar uma certa autonomia.

A partir dos 15 meses, podem aparecer algumas reduções do apetite, coincidindo com o início de um período de crescimento mais lento, que se prolonga durante todo o período pré-escolar.

Inicia-se o processo de socialização com as pessoas que o rodeiam, o que é transcendental para a educação dos seus hábitos alimentares. Nesta fase, a criança é capaz de copiar tudo, desde o tipo e a quantidade de alimentos preferidos pelos pais, tutores, educadores ou companheiros de jardim de infância, até à atitude e às relações estabelecidas durante as refeições.

Entre um ano e três anos de idade é a fase ideal para começar a ensinar hábitos alimentares saudáveis. Os mais importantes são os seguintes:

  • Diversificação dos gostos alimentares.
  • Estabelecer horários para cada refeição.
  • Respeitar a sensação de fome e saciedade da criança, tentando sempre educar o consumo de quantidades moderadas.
  • Utilizar sempre a sala de jantar ou um local adequado para comer.
  • Pôr a mesa e reunir os familiares ou acompanhantes num ambiente agradável.
  • Dar tempo suficiente para desfrutar da comida e da companhia.

Entre os três e os doze anos: Este período caracteriza-se por um desenvolvimento físico e intelectual progressivo e contínuo, influenciado principalmente pela família, pela escola, pelos grupos de pares e pelos meios de comunicação social.

Há um aumento considerável da capacidade de aprendizagem da criança, pelo que é a altura ideal para ensinar e reforçar hábitos alimentares saudáveis. Para o efeito, recomenda-se que pelo menos uma das refeições principais do dia seja feita em família.

As crianças são capazes de reconhecer as suas preferências por determinados alimentos, pelo que é necessário procurar estratégias adequadas para as fazer interessar por outros alimentos menos atractivos, diversificando os modos de preparação, ou outras formas, respeitando sempre os seus gostos e decisões.

Objectivos da cantina escolar na alimentação das crianças durante esta fase

  • Fornecer uma refeição adequada às necessidades nutricionais das crianças.
  • Incentivar a prática de hábitos alimentares e de higiene saudáveis.
  • Promover as relações sociais e a convivência entre as crianças durante as refeições.
  • Incentivar a prática e a utilização correta dos utensílios da sala de refeições.
  • Contribuir para a diversidade alimentar, uma vez que as preferências individuais não são tidas em conta na seleção das ementas.

Aspectos que podem alterar o sucesso da alimentação das crianças

Hábitosalimentares: Durante a infância, ao contrário de outros períodos da vida, a alimentação está sujeita a mudanças frequentes para a adaptar a cada uma das fases de desenvolvimento do organismo da criança.

As alterações mais importantes são as seguintes

  • Alterações no número de alimentos: recomenda-se manter o aleitamento materno exclusivo até aos primeiros seis meses. Após essa data, incluir progressivamente diferentes alimentos na dieta, mantendo o aleitamento materno ou a alimentação artificial. Cada novo alimento deve ser oferecido isoladamente, sem ser combinado com outros novos alimentos, e deve ser oferecido diariamente durante um


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