Transcrição Distorções cognitivas
Os pensamentos e as emoções são processados cognitivamente e, por vezes, de forma irracional, como certos "esquemas". Identificados desta forma, por uma certa ordem lógica e categórica estabelecida pelo cérebro, em referência a palavras, motivações ou frases que nos identificam e constituem reflexos da nossa personalidade. Sente-se atraída pela ideia de ser mãe, não há nem haverá uma única criança à face da terra, por mais inocente e pura que seja, que olhe para si e não veja o amor expresso nos seus olhos. Estas ideias são fragmentadas numa única categoria: "Gosto de crianças" ou "Quero ser mãe". É claro que estes preceitos podem mudar, devido à presença e à experiência de situações adversas. Neste vídeo, vamos trabalhar a distorção cognitiva de aceitar crenças negativas sem julgamento.
O que são distorções cognitivas?
Activamos a poupança de bateria no telemóvel. Cria atalhos para os números de telefone. Com um simples "clique", acede ao número e já está. Poupa tempo e passos desnecessários, não é verdade? O mesmo acontece com o seu lobo frontal, que se dedica ao processamento e raciocínio da informação. O processo é o seguinte.
Deixamos cair uma jarra no chão pela primeira vez. Esse vaso é da nova coleção da tua mãe. Oh meu Deus! Vê-se a confusão e entra-se pela porta:
- Como és desastrado! -Não sabes tomar conta de nada, levas tudo contigo! -O teu pequeno cérebro toma estas frases por garantidas. És tão desajeitado. Esse desconforto que sentes por teres partido um objeto de valor torna-se um PADRÃO. O que é isto? O teu cérebro diz-te.
- Olha, eu não vou agir de forma diferente em circunstâncias como esta. Sempre que partires alguma coisa, vou fazer-te sentir desajeitado. E sim, quando deixares cair um copo de plástico, também. Vou evitar pensar. Vou apenas ativar este padrão automático para que te continues a sentir desajeitado. De nada.
- Quando assumimos, inconscientemente, que somos desajeitados, sem analisar que não foi intencional ou que não devíamos ter brincado com a bola dentro de casa, criamos uma convicção, que resulta num padrão desadaptativo.
Reestruturação cognitiva.
As distorções cognitivas tornam-se um "erro" na forma como processamos a informação e o seu consequente efeito de generalização ao longo do tempo. Quantas vezes já lhe aconteceu algo semelhante? É importante descobrir os padrões mentais que temos para atacar pela raiz e estabelecer uma reestruturação cognitiva eficaz através das seguintes formas de atuação:
- O primeiro passo é descobrir que situação, especificamente, desencadeia esses motivos condicionados. Se não compreende as suas acções em determinados momentos, pode estar na presença de uma resposta automática.
- Pare com isso. Tente lembrar-se de alguns desses momentos de paralisia mental. O segundo passo é "fazer barulho" para impedir o que está a pensar ou a fazer nesse momento.
- O cérebro lógico vai exigir atenção, e é essa atenção, como por exemplo: bater no ar ou na mesa e dizer "pára", que vai distrair o pensamento automático de se desenvolver. Fixe essa nova frase e repita-a para si próprio o máximo de vezes que conseguir.
- Eu não sou desajeitado, só preciso de ter mais cuidado com os movimentos bruscos que faço.
- Como terceiro passo, crie uma ação que esteja associada ao pensamento oposto. Não sou desajeitado e começa a pintar ou a fazer algum ofício, algo em que precisa de ter delicadeza e ordem. Não pense nisso como auto-engano, é um exercício.
Tipos de distorções cognitivas.
Identificamos diferentes tipos de distorções cognitivas, algumas das quais reconhecerá pela sua frequência:
- Ligadas à inflexibilidade: Temos relutância em adaptarmo-nos às circunstâncias de uma forma positiva e, por isso, recorremos a pensamentos extremos. Se não me disseres que me amas, não me amas. Porque NUNCA me amaste.
- Temos tendência a tomar decisões olhando apenas para as opções negativas. Se não me disseres que me amas, vamos separar-nos ou vou passar a vida toda amargurada.
- Usamos rótulos para contestar qualquer mudança. Tu és insensível e nada vai mudar isso. Não importa o que faças.
- Para continuar, temos uma perceção incompreendida. É quando queremos que a nossa mente seja lida para deixarmos de estar zangados ou que tudo o que nos acontece seja levado a peito e que temos responsabilidade absoluta por tudo ou, pelo contrário, falta de controlo.
- Acreditamos que ao "sentirmos" que aborrecemos o outro, aborrecemos a pessoa.
- Assumimos necessidades que não são reais, "Tens de me dar um beijo de bom dia para começar bem o dia", quando essas necessidades não são satisfeitas, evocamos frustração. Porque queremos, e não exigimos, que o que queremos seja satisfeito, estaremos a esquecer o facto de que somos seres diferentes? Sobre este último ponto, mas não menos importante, temos.
- O simples facto de "ignorar". Por vezes não nos permitimos ceder. Ignoramos o positivo, atribuindo a nós próprios a medalha da "cartomante", sem saber que falamos do que já nos aconteceu. Temos o apoio e o conhecimento para levar a cabo o nosso projeto, apenas decidimos "acreditar" que não temos realmente as ferramentas para o levar a cabo. Assim, damos permissão a nós próprios para continuarmos a autoabastecer-nos na mais absoluta miséria mental, para continuarmos com hábitos catastróficos para nos deprimirmos e comermos gelados enquanto continuamos a queixar-nos.
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