Transcrição Evite o excesso de formalidade para com os seus clientes
As formalidades não se adaptam a todos os cenários profissionais com a mesma eficácia. A relação entre coach e cliente exige um ambiente de confiança e naturalidade, que nos permita conhecer em profundidade as preocupações e necessidades do cliente para as abordar através de estratégias eficazes.
Quando lidamos com a comunicação de uma forma simples, podemos aprofundar os aspectos que queremos descobrir, minimizando as barreiras que podem surgir devido à novidade que muitas pessoas podem sentir quando se encontram com um coach pela primeira vez.
Ao longo deste guia, vamos analisar alguns dos aspectos mais importantes das formalidades e o seu papel na relação com os nossos clientes, para que possa melhorar as suas capacidades de comunicação e tornar as suas sessões de coaching mais eficazes.
Formalidade numa sessão de coaching
A formalidade é mal interpretada por muitos coaches como um fator que denota profissionalismo. A verdade é que o profissionalismo e a formalidade não têm nada em comum; pode ser-se um ótimo profissional sem se mediar com formalidades que têm pouca influência na qualidade do nosso trabalho. A formalidade também não deve ser confundida com educação ou polidez; são fenómenos completamente diferentes. A formalidade é um conjunto de regras, geralmente não verbais, que orientam e dirigem o nosso comportamento.
Dito isto, a formalidade tem pouco a contribuir para a relação comunicativa entre um coach e um cliente. O que pretendemos é que o nosso cliente se mostre da forma mais real possível, que se gere um espaço de cumplicidade e de confiança onde se possa exprimir com total liberdade e naturalidade. Como é que pretendemos alcançar um tal cenário se impomos toda uma série de condições aquando da comunicação?
Utilizar uma linguagem clara e simples
Abusar de uma linguagem técnica, pomposa ou complexa para dar a conhecer os nossos conhecimentos é uma das piores práticas que um coach pode adotar perante os seus clientes. Deve compreender que na sua clientela terá uma variedade notável de pessoas com diferentes caraterísticas, grau de preparação, vocabulário, idades, experiências anteriores, etc. Se não for capaz de explicar as coisas de uma forma que até uma criança possa compreender, dificilmente poderá ser classificado como um bom profissional.
A essência de saber transmitir conhecimentos reside na nossa capacidade de descodificar os aspectos mais complexos e decompô-los em elementos simples e fáceis de compreender pelo ouvinte. Utilize sempre uma linguagem corrente nas suas sessões de coaching e lembre-se de que o seu principal interesse é que o cliente aprenda e não que fique impressionado consigo.
Quebrar as barreiras de comunicação
Especialmente quando se trata das primeiras trocas de impressões com os nossos clientes, há normalmente uma série de barreiras de comunicação que deslocam a conversa para um nível formal, evitando a naturalidade das expressões.
Exemplos destas barreiras são a timidez, o desconforto, a superioridade do coach na relação coach-cliente, entre outros. Tente ultrapassar todas estas barreiras de modo a criar um espaço de confiança. Para isso, comece por dar o exemplo do tipo de comunicação que pretende estabelecer durante as sessões seguintes.
Se o seu objetivo é que o seu cliente seja natural, comece por ser aquele que se exprime com naturalidade, evitando mostrar-se como o responsável pela relação ou impor os seus critérios. A naturalidade constrói-se através da informalidade, que, como vimos acima, não tem nada a ver com falta de educação ou cortesia.
excesso formalismo