Transcrição Terapias criativas como apoio no tratamento da depressão
Existem diversas formas de acompanhar o processo de recuperação emocional em pessoas que atravessam um quadro depressivo. Além da medicação e da psicoterapia tradicional, alguns métodos baseados na expressão artística têm se mostrado úteis, especialmente quando os sintomas são moderados. Esses recursos não verbais, como a criação visual ou a interação musical, permitem explorar o mundo interior de forma segura e transformadora.
Criar para compreender: o papel da arte no processo emocional
A intervenção através da arte não se baseia no talento, mas no uso do ato criativo como meio para se conhecer melhor. Desenhar, moldar, pintar ou trabalhar com colagem torna-se uma ferramenta para expressar emoções que muitas vezes não conseguem ser verbalizadas.
Guiado por profissionais com formação em psicologia e arte, este processo permite ao paciente abordar sentimentos como tristeza, frustração ou culpa a partir de uma nova perspetiva.
Este tipo de trabalho é geralmente facilitado em sessões individuais ou em grupo e pode ser especialmente útil para jovens que não se sentem à vontade para falar abertamente sobre o seu mal-estar.
A criação artística oferece um espaço livre de julgamento que favorece a introspecção e a reconstrução da autoestima. Além disso, pode ser incorporada como complemento a outras modalidades, como a terapia cognitivo-comportamental.
Estudos em diferentes contextos associaram esta prática a uma diminuição dos níveis de ansiedade, melhorias no humor e maior clareza para enfrentar situações emocionais difíceis.
A música como catalisador emocional
Cantar, tocar um instrumento, improvisar sons ou simplesmente ouvir certas melodias pode ter um efeito significativo no bem-estar psicológico.
A musicoterapia baseia-se nesta premissa e tem demonstrado benefícios tanto a nível emocional como físico. Através do trabalho com um terapeuta especializado, são estimulados aspetos como a atenção, a memória, a comunicação e a regulação do humor.
Tem sido especialmente valiosa em contextos clínicos onde o paciente apresenta dificuldades em expressar-se verbalmente, como em casos de perturbações do neurodesenvolvimento ou depressão infantil. Também se mostrou útil em idosos e pessoas hospitalizadas, melhor
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