Transcrição Influência e Persuasão Ética
Construindo capital relacional
A influência distingue-se da autoridade na medida em que consegue modificar comportamentos e atitudes por convicção, não por imposição hierárquica. Para influenciar genuinamente, devemos cultivar certos hábitos.
O primeiro é o reconhecimento sincero: fazer com que os outros se sintam valorizados e respeitados é uma forma poderosa de empoderamento.
Envolver as pessoas na tomada de decisões, permitindo-lhes deixar a sua marca no projeto, gera um compromisso que nenhuma ordem direta pode replicar. Outro pilar é a gestão das expectativas.
Existe um efeito psicológico (Efeito Pigmalião) em que tratar as pessoas como se fossem talentosas e capazes tende a elevar o seu desempenho real para corresponder a essa expectativa.
Além disso, fornecer recursos suficientes e depositar confiança explícita ("Confio no seu critério para isso") são atos de influência que transformam a relação líder-colaborador.
Por fim, o entusiasmo é contagiante; um líder que comunica o seu propósito com paixão atrai seguidores naturalmente.
As Leis da Persuasão Aplicadas
A persuasão, muitas vezes mal interpretada como manipulação, é simplesmente a capacidade de mover os outros em direção a um objetivo comum. Existem princípios universais que regem esse processo.
A lei da reciprocidade dita que, se dermos algo primeiro (um favor, informação, apoio), a outra parte se sentirá psicologicamente obrigada a retribuir.
A lei da consistência sugere que, se conseguirmos que alguém se comprometa publicamente com uma pequena ação, essa pessoa tenderá a agir de forma coerente com esse compromisso no futuro.
A escassez é outro motor poderoso: valorizamos mais aquilo que percebemos como limitado ou exclusivo, seja tempo, recursos ou uma oportunidade única.
A autoridade e a atratividade (entendida como autoconfiança e afinidade) também desempenham papéis cruciais; tendemos a seguir aqueles que percebemos como especialistas ou com quem sentimos uma conexão pessoal.
Aplicar princípios clássicos das relações humanas, como lembrar nomes, evitar críticas destrutivas e mostrar interesse genuíno pelos desejos do outro (como sugeria Dale Carnegie), continua a ser a base par
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