Transcrição O veredicto instantâneo (estudos-chave)
O estudo das eleições (Competência percebida)
A importância da aparência física nos nossos julgamentos foi demonstrada em estudos sobre como percebemos a competência.
Numa investigação notável, foram mostradas fotografias de candidatos rivais de uma eleição legislativa estrangeira a participantes que não estavam familiarizados com eles (por exemplo, mostrar candidatos dinamarqueses a participantes espanhóis).
Como os participantes desconheciam completamente as ideias políticas ou os programas dos candidatos, qualquer acerto ao adivinhar o vencedor deveria basear-se puramente no acaso, com uma taxa de sucesso esperada de 50%.
No entanto, os resultados mostraram que os adultos adivinharam corretamente o vencedor real numa percentagem significativamente maior, perto de 72% dos casos.
Isto sugere que, consciente ou inconscientemente, baseamos os nossos julgamentos nos mesmos critérios físicos, revelando os atalhos mentais que o nosso cérebro usa para decidir em quem confiar, seja para escolher um líder, um médico ou um parceiro de negócios.
O estudo dos educadores (O julgamento em segundos)
Outro estudo fascinante ilustra a incrível velocidade com que formamos opiniões com base em sinais não verbais.
Nesta experiência, vários educadores foram filmados enquanto davam aulas durante um semestre inteiro, e os seus alunos de longa data os avaliaram.
Posteriormente, os investigadores editaram clipes de vídeo muito curtos (por exemplo, de dez segundos) desses mesmos educadores, mas removeram completamente o som.
Esses clipes sem som foram mostrados a um novo grupo de alunos que nunca tinham tido contacto com esses educadores.
Os resultados foram contundentes: as avaliações atribuídas pelo grupo que apenas viu os clipes sem som foram praticamente idênticas às avaliações atribuídas pelos alunos que passaram um semestre inteiro com eles.
A descoberta manteve-se mesmo quando os clipes foram reduzidos a apenas dois segundos.
Isso demonstra que dois segundos são suficientes para formarmos uma opinião e julgarmos a competência, simpatia ou carisma de alguém.
O exercício da intuição empresarial
Para ilustrar esse fenômeno de julgamento intuitivo, considere um exercício prático. Imagine que lhe são apresentadas várias imagens de diretores executivos de grandes empresas.
O objetivo é ordená-los de acordo com o sucesso percebido; por exemplo, classificá-los desde aquele que você intui que gera mais receita até aquele que gera menos.
A chave do exercício é confiar na intuição e fazer a classificação rapidamente.
Embora não haja uma resposta certa ou errada no contexto do exercício, esta simulação demonstra como os seres humanos confiam mais em sinais não verbais do que nas palavras que ouvem e como, muitas vezes inconscientemente, formamos julgamentos rápidos sobre a competência e o sucesso com base puramente na aparência.
Resumo
Formamos julgamentos rápidos com base na aparência física. Um estudo mostrou fotos de candidatos políticos a desconhecidos; estes adivinharam o vencedor real 72% das vezes.
Isso demonstra que usamos atalhos mentais e critérios físicos para decidir em quem confiar, seja um líder, um médico ou um parceiro de negócios. Julgamos a competência intuitivamente.
Outro estudo filmou educadores. As notas dos alunos que viram clipes silenciosos de dois segundos foram idênticas às dos alunos de um semestre inteiro.
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