Encontrar um emprego que lhe agrade

O sucesso sem realização não oferece uma verdadeira satisfação. As pessoas procuram atingir o seu pleno desenvolvimento e funcionamento. A auto-realização, de acordo com o dicionário, refere-se à realização efectiva das aspirações ou objectivos de vida de uma pessoa, bem como à satisfação e ao orgulho que ela sente por isso.

Parte dessa realização tem a ver com o que escolhemos fazer com a nossa vida, com o contributo que damos enquanto seres humanos para fazer a diferença. Para isso, é fundamental encontrar um sentido para o que fazemos e, no panorama atual, isso não é fácil de conseguir. Há muitos empregos que não têm qualquer significado ou interesse.

O desafio é encontrar algo que nos entusiasme, que signifique algo para nós e que seja valioso para os outros, e no qual possamos aplicar as nossas capacidades. E, claro, que nos permita ganhar a vida com esse esforço. É um ato de equilíbrio.

O que as pessoas fazem frequentemente quando se encontram presas num trabalho de que não gostam ou que as stressa demasiado, é procurar outro emprego. Reagem simplesmente às circunstâncias e querem distanciar-se daquilo que detestam. Mas esta estratégia não resolve a nossa insatisfação a longo prazo. É provável que acabemos por repetir os mesmos padrões e culpar os outros. No entanto, não devemos ficar à mercê dos nossos impulsos ou tentar mudar cegamente sem analisar o que nos incomoda especificamente ou impede a nossa realização pessoal.

Por exemplo, talvez o stress seja causado por si próprio, por não saber negociar e defender os seus interesses. Se não soubermos o que está a causar o nosso desconforto, acabamos por tomar as decisões erradas e sentimo-nos aborrecidos e apáticos. Talvez goste do que faz, mas não sabe como controlar as suas emoções e elas acabam por o prejudicar. É necessário rever os nossos diálogos internos e as nossas emoções para determinar exatamente aquilo de que precisamos.

Encontre a sua paixão

A opinião dos outros é muitas vezes um impedimento para encontrar a sua verdadeira paixão ou para se dedicar a ela. É uma influência externa que pode vir de uma pessoa próxima, com boas intenções, mas que tenta impor os seus critérios e razões. Se é verdade que se trata de um obstáculo comum, o maior desafio será sempre consigo próprio.

Imagine que está entusiasmado com o seu trabalho, que pode ganhar a vida a fazer aquilo de que gosta e em que é bom. Para isso, é preciso encontrar o meio-termo entre as suas competências e as suas atitudes, entre o seu talento e o que gosta.

O primeiro passo é começar a procurar aquilo que nos apaixona, a nossa vocação. Precisamos de dedicar algum tempo a isso, porque passamos uma quantidade considerável de tempo a agir segundo os termos de outras pessoas, e tendemos a sufocar os nossos sonhos, escolhendo o confortável e o seguro.

Temos de explorar os nossos interesses:

• Temas que nos atraem desde a infância.

• Assuntos que chamam a sua atenção, mesmo que não tenha tido tempo para os explorar bem.

• Temas que o inspiram.

• Tenha em mente a diferença subtil entre os assuntos que lhe interessam apenas temporariamente (como um passatempo) e aqueles pelos quais pode manter um interesse a longo prazo e que se tornam uma força motriz na sua vida. O primeiro está relacionado com o entusiasmo de experimentar algo novo e o segundo é o resultado de uma motivação e atração irresistíveis.

Reconhecer as suas competências

Uma forma de aperfeiçoar a busca da sua paixão para não seguir fogos fátuos é reconhecer as suas competências. Estas também o conduzem ao seu verdadeiro interesse. Quando se utilizam as aptidões, é possível sentir satisfação e motivação na atividade que se está a realizar. Pense num momento em que se tenha sentido assim.

Deve também perguntar a si próprio o que gosta de fazer ou em que se destaca. Tem uma facilidade natural para comunicar com os outros? Tem aptidões manuais? Sente-se bem a ajudar os outros? Tem um talento artístico? É uma pessoa criativa? É um bom ouvinte? Gosta de escrever? Qualquer coisa que tenha demonstrado que pode fazer melhor do que a média.

A soma da sua paixão e das suas competências dá-lhe o combustível de que necessita para ir atrás dos seus sonhos e mantém-no motivado enquanto trabalha para atingir os seus objectivos. É a melhor fórmula para alcançar um elevado desempenho e adquirir o nível de mestria que lhe permitirá destacar-se e ser recompensado financeiramente.

São as suas competências que determinarão aquilo em que se pode especializar na área escolhida. Assim, uma boa análise dos seus pontos fortes é indispensável quando se trata de mudar de rumo. Não importa que não estejam totalmente desenvolvidos, o interesse aumentará a necessidade de os explorar e terá todo o gosto em fazê-lo.

Encontre sentido no que faz

Não é apenas importante encontrar o que lhe interessa e ter as condições para o fazer, é também necessário ter um sentido para além do presente e utilizar as suas capacidades naquilo que gost