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O triângulo do bullying: agressores, vítimas e o papel-chave dos espectadores - assedio escolar

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PorCursosOnline55

2025-12-05
O triângulo do bullying: agressores, vítimas e o papel-chave dos espectadores - assedio escolar


O triângulo do bullying: agressores, vítimas e o papel-chave dos espectadores - assedio escolar

O assédio escolar nunca é um fenômeno de dois. Para entender a dinâmica do bullying, devemos olhar além da relação binária entre quem agride e quem recebe. Os especialistas em convivência escolar falam do "Triângulo do Bullying", uma estrutura social complexa onde cada ator desempenha um papel determinante. Neste artigo analisamos os perfis psicológicos dos três vértices: o agressor, a vítima e, o grupo maior e decisivo, os espectadores.

1. O Perfil do Agressor: Além do "Garoto Mau"

Ao contrário do estereótipo, o agressor nem sempre é um aluno com problemas acadêmicos ou marginalizado. Muitas vezes, são líderes sociais com habilidades para manipular o grupo. Existem vários subtipos que estudamos no curso:

O Agressor Dominante (Líder): Costuma ter uma personalidade forte, impulsiva e com pouca empatia. Precisa reafirmar seu poder submetendo os outros. Não sente culpa por seus atos e tende a justificar a violência ("ele merecia", "é uma brincadeira"). Frequentemente, têm autoestima inflada (narcisismo) e baixa tolerância à frustração.

O Agressor Ansioso ou Reativo: É um perfil mais complexo. Às vezes age com violência porque interpreta erroneamente as situações sociais como ameaçadoras. Pode ter problemas emocionais de base ou vir de um ambiente familiar violento.

O Agressor Seguidor (Sequaz): Não inicia o assédio, mas segue o líder para ganhar aceitação social ou por medo de se tornar vítima. Sem esses seguidores que riem das “brincadeiras” e apoiam, o líder perderia seu poder.

Características comuns a trabalhar: Falta de empatia (incapacidade de se colocar no lugar do outro), impulsividade, dificuldade para cumprir normas e visão positiva da violência como ferramenta de resolução de conflitos.

2. O Perfil da Vítima: A Espiral do Silêncio

Qualquer menino ou menina pode ser vítima de assédio escolar. Não existe um "traço" que justifique a agressão, mas sim fatores de vulnerabilidade que os agressores exploram.

Vítima Passiva: É o perfil mais habitual. Costumam ser alunos tranquilos, inseguros, com poucos amigos ou rede social fraca. Diante da agressão, reagem com choro ou retraimento, o que reforça o agressor (que obtém a sensação de poder que procura). Sofrem em silêncio por medo de retaliações ou por vergonha ("ninguém vai acreditar em mim").

Vítima Provocadora: Uma pequena percentagem de vítimas combina ansiedade com reações agressivas. Podem ser alunos hiperativos ou com dificuldades sociais que irritam o grupo, o que o agressor usa como desculpa para justificar o ataque. É vital distinguir aqui causa e efeito.

O Síndrome da Indefensão Aprendida: Após sofrer assédio prolongado, a vítima chega a acreditar que faça o que fizer, nada mudará. Deixa de se defender e de pedir ajuda. Essa passividade não é fraqueza, é um dano psicológico severo que requer intervenção terapêutica e apoio docente.

3. Os Espectadores: A Maioria Silenciosa

Aqui reside a chave da prevenção. 80% dos alunos não são nem agressores nem vítimas; são testemunhas. Seu comportamento determina se o assédio se interrompe ou se perpetua.

O Papel do Reforço: Se os espectadores riem, gravam com o celular ou simplesmente olham com interesse, estão reforçando o agressor. O bullying é um ato teatral; precisa de público. Se o público desaparece, a função acaba.

A Lei do Silêncio: Muitos alunos não intervêm por medo ("se eu disser algo, eles vão atrás de mim") ou por difusão de responsabilidade ("alguém mais fará algo"). Romper essa lei do silêncio é o objetivo principal de programas de prevenção como o método KiVa.

Os Defensores: São os alunos que se atrevem a intervir, a consolar a vítima ou a procurar um professor. Fomentar esse papel é vital. Em nosso curso ensinamos como empoderar o grupo para que transforme a cultura da sala de aula de "dedos-duros" a "cuidadores".

Dinâmicas de Grupo para Romper o Triângulo

A intervenção não pode centrar-se apenas em punir o agressor e proteger a vítima (embora seja necessário). Deve trabalhar com a turma:

  • Círculos de Diálogo: Espaços seguros onde o grupo pode expressar como se sente diante da violência sem apontar diretamente.
  • Trabalho de Empatia: Exercícios para humanizar a vítima aos olhos dos espectadores.
  • Desativação do Líder Negativo: Estratégias para que o agressor perca seu status social quando exerce violência, em vez de ganhá-lo.

Entender esse triângulo é fundamental para qualquer Plano de Convivência Escolar. Se apenas tratarmos os sintomas individuais sem corrigir a dinâmica grupal, o assédio voltará a surgir com outros protagonistas.

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