LOGIN

REGISTO
Buscador

O vínculo traumático e a dependência

Selecionar língua :

Você deve permitir os cookies do Vimeo para poder visualizar o vídeo.

Desbloqueie o curso completo e obtenha sua certificação!

Você está vendo o conteúdo gratuito. Desbloqueie o curso completo para obter seu certificado, exames e material para download.

*Ao comprar o curso, você ganha dois cursos à sua escolha*

*Veja a melhor oferta da web*

Transcrição O vínculo traumático e a dependência


A neurobiologia do vínculo tóxico

A razão pela qual é tão difícil sair dessas relações não é o "amor excessivo" nem a falta de caráter, mas um fenómeno clínico conhecido como vínculo traumático ou Trauma Bonding. A violência psicológica altera a química cerebral da vítima.

Devido ao ciclo de stress constante, o cérebro opera em modo de sobrevivência, com níveis elevados de cortisol e uma amígdala hiperativa.

A dependência que se gera é comparável a uma dependência química; a vítima não busca prazer, mas o alívio da dor que o próprio agressor causa.

Paradoxalmente, a pessoa que é fonte de terror torna-se também a única fonte de consolo, criando uma fusão patológica em que a vítima precisa do agressor para regular o seu próprio estado emocional descontrolado.

O poder do reforço intermitente

O mecanismo mais poderoso que sustenta este vínculo é o «reforço intermitente». O abuso raramente é constante 24 horas por dia; alterna-se com pequenos momentos de «normalidade», calma ou até mesmo afeto repentino (migalhas de atenção).

Essa imprevisibilidade é devastadora: assim como acontece com as máquinas caça-níqueis no jogo patológico, a recompensa ocasional e inesperada gera um comportamento viciante muito mais forte do que uma recompensa constante.

O cérebro da vítima fica preso à esperança de que esses «bons momentos» voltem, tolerando períodos de abuso cada vez mais longos e severos, à espera dessa «dose» de validação que o agressor administra à sua vontade para manter o controlo.

Indefesa aprendida e anulação da vontade

Como consequência desse desgaste, a vítima desenvolve o que o psicólogo Martin Seligman chamou de "desamparo aprendido".

Depois de tentar defender-se, explicar ou agradar sem sucesso repetidas vezes, a pessoa aprende que, faça o que fizer, não pode evitar o sofrimento nem prever o comportamento do agressor. Isso leva a um estado de passividade e paralisia total.

A vítima deixa de procurar soluções ou formas de escapar porque está convencida de que são inúteis, caindo num estado depressivo e de submissão automática.

A dependência emocional torna-se então uma estratégia de sobrevivência extrema: a vítima funde-se com os desejos do agressor, antecipando as suas necessidades para tentar evitar o castigo, anulando-se completamente como indivíduo.

Resumo

A dificuldade em fugir reside na ligação traumática, uma dependência bioquímica provocada pelo stress. Paradoxalmente, a vítima procura consolo naquele que lhe causa terror para regular a sua própria angústia.

O mecanismo principal é o reforço intermitente, comparável ao vício do jogo. A alternância imprevisível entre maus-tratos e «migalhas de afeto» prende o cérebro à esperança de mudança.

Finalmente, o desgaste contínuo provoca «indefesa aprendida». A vítima assume que não pode evitar o sofrimento, faça o que fizer, caindo numa paralisia total e submissão para tentar sobreviver.


o vinculo traumatico e a dependencia

Publicações Recentes de violencia psicologia

Existem erros ou melhorias?

Onde está o erro?

Qual é o erro?