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A zombaria, o sarcasmo e a ironia

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Transcrição A zombaria, o sarcasmo e a ironia


O humor como disfarce do desprezo

O agressor frequentemente se esconde atrás da máscara do "brincalhão" ou do irónico para canalizar sua agressividade de maneira socialmente aceitável.

A zombaria é uma das suas formas favoritas de desestabilizar, pois permite-lhe dizer atrocidades sob o pretexto do humor.

No entanto, essas "piadas" não são inocentes; elas sempre escondem uma mensagem subjacente carregada de desprezo, humilhação e ridicularização do parceiro.

Ao contrário do humor partilhado que une, este humor é corrosivo e unidirecional, concebido para rir da vítima e não com ela.

O cinismo e a ironia conferem ao agressor uma posição de superioridade intelectual, a partir da qual ele observa e julga a vítima, desfrutando da polémica e da controvérsia que os seus comentários provocam.

Ataque aos pontos fracos e crenças

A eficácia desta estratégia reside na sua precisão cirúrgica.

O agressor não zomba de aspectos aleatórios, mas direciona os seus dardos para os pontos mais vulneráveis da vítima: os seus complexos físicos, as suas crenças religiosas, os seus gostos pessoais, a sua família ou as suas opiniões políticas.

Ao ridicularizar aquilo que é valioso ou doloroso para ela, consegue magoá-la profundamente sem precisar de levantar a voz.

A vítima percebe claramente a hostilidade e o ataque à sua dignidade, mas a natureza ambígua do sarcasmo enche-a de dúvidas: ele está mesmo a atacar-me ou estou a ser demasiado suscetível? Sem ter certeza absoluta da intenção, muitas vezes opta por calar-se e «engolir» a ofensa, normalizando assim a falta de respeito.

Invalidação através da acusação de «falta de humor»

Se a vítima decidir confrontar o agressor e expressar que os seus comentários a magoam, este ativará imediatamente um mecanismo de defesa baseado na invalidação (Gaslighting).

Longe de pedir desculpas, ele acusará a vítima de não ter senso de humor, de ser «amarga» ou de não saber aceitar uma piada.

Essa manobra inverte a situação (reviravolta): o problema não é mais a agressão verbal do agressor, mas a suposta rigidez ou hipersensibilidade da vítima.

O agressor chega a dizer: «Se achas que te agredi é porque tu é que és agressiva», projetando a sua própria violência nela e fazendo com que, no futuro, a vítima se autocensure e aceite as provocações para não parecer «chata» ou «conflituosa».

Resumo

O agressor esconde-se atrás da máscara do humor para canalizar a sua agressividade. Ele usa provocações corrosivas e unidirecionais destinadas a ridicularizar a vítima, julgando-a a partir de uma posição de superioridade.

Estes ataques são precisos e dirigem-se aos pontos mais vulneráveis do parceiro. A ambiguidade do sarcasmo enche de dúvidas a vítima, que acaba por normalizar a falta de respeito.

Se a vítima confronta a dor, o agressor acusa-a de não ter sentido de humor. Esta invalidação (Gaslighting) projeta a culpa nela, rotulando-a de rígida ou amarga.


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