LOGIN

REGISTO
Buscador

Ética e autocuidado do interveniente

Selecionar língua :

Você deve permitir os cookies do Vimeo para poder visualizar o vídeo.

Desbloqueie o curso completo e obtenha sua certificação!

Você está vendo o conteúdo gratuito. Desbloqueie o curso completo para obter seu certificado, exames e material para download.

*Ao comprar o curso, você ganha dois cursos à sua escolha*

*Veja a melhor oferta da web*

Transcrição Ética e autocuidado do interveniente


Prevenção do Trauma Vicário e Desgaste por Empatia

O trabalho na linha de frente com violência doméstica — seja na advocacia, na psicologia ou no serviço social — acarreta um risco ocupacional invisível, mas devastador: o «trauma vicário» ou desgaste por empatia.

Ao ouvir diariamente relatos de crueldade sistemática, terror e sofrimento humano, o profissional absorve uma carga emocional residual que, se não for processada, altera a sua própria visão do mundo.

Os sintomas incluem pesadelos, hipervigilância, cinismo em relação ao sistema ou uma sensação de desesperança crónica.

É fundamental distinguir isso do simples stress no trabalho; o trauma vicário altera a neurobiologia do terapeuta.

A ética profissional exige um autocuidado rigoroso, não como um ato de indulgência, mas como uma responsabilidade para com o paciente.

Um profissional «esgotado» (burnout) perde a capacidade de se conectar humanamente com a dor alheia, caindo na dessensibilização ou na frieza burocrática.

Isto pode levar a erros graves, como minimizar um risco letal por cansaço ou tratar a vítima como mais um número, tornando-se inadvertidamente parte da engrenagem da revitimização institucional.

Cuidar de quem cuida é essencial para manter um sistema de proteção eficiente, pelo que se recomenda supervisão clínica regular, limites claros entre a vida pessoal e profissional e períodos de desconexão obrigatória.

Limites profissionais e a armadilha do salvador

Um erro comum, especialmente em profissionais novatos ou em redes de apoio próximas, é cair na «Síndrome do Salvador»: tentar resgatar a vítima a todo o custo, pressionando-a a tomar decisões para as quais não está preparada.

Os especialistas em intervenção enfatizam que o objetivo não é resgatar à força, mas sim empoderar.

Pressionar uma vítima a denunciar ou abandonar o lar antes de ter um plano de segurança e a convicção interna necessária pode ser contraproducente, fazendo com que ela se feche, esconda informações ou rompa o vínculo terapêutico por se sentir julgada.

O acompanhamento ético implica respeitar os tempos da vítima, validando a sua autonomia e capacidade de decisão, mesmo que essas decisões nos pareçam erradas ou lentas vistas de fora.

A estratégia correta é ouvir ativamente sem julgar («eu acredito em ti, não é culpa tua») e fornecer recursos, mantendo-se disponível como uma rede de segurança firme para quando ela decidir dar o passo.

Assumir a responsabilidade de «salvá-la» não só infantiliza a víti


etica e autocuidado do interveniente

Publicações Recentes de violencia domestica familiar

Existem erros ou melhorias?

Onde está o erro?

Qual é o erro?