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Teoria do Apego e Trauma Relacional

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Transcrição Teoria do Apego e Trauma Relacional


Impacto do Trauma nos Vínculos Primários e na Confiança

A teoria do apego postula que a segurança emocional é construída através da corregulação com um cuidador primário competente.

Quando esse cuidador é também a fonte do abuso ou do terror (como ocorre no incesto ou no abuso intrafamiliar), a criança enfrenta um «paradoxo biológico irresolúvel»: o instinto a impele a fugir da fonte do medo, mas o instinto de apego a impele a buscar proteção nessa mesma figura. Essa colisão de impulsos destrói a capacidade inata de confiar.

O sistema de apego fica desorganizado, pois a figura de segurança é simultaneamente a figura de ameaça.

Na idade adulta, isso se traduz em uma profunda dificuldade em ler as intenções alheias; a intimidade é percebida como perigosa e a confiança se torna um risco inaceitável.

O sobrevivente pode oscilar entre a necessidade desesperada de conexão e o terror de ser magoado novamente, sabotando vínculos saudáveis por medo da traição.

Tipologias de apego inseguro na idade adulta

O trauma relacional precoce cristaliza-se em estilos de apego disfuncionais. O apego ansioso-preocupado manifesta-se como uma hipervigilância em relação ao abandono e uma dependência excessiva da validação externa.

O apego evitativo (descartativo) surge como uma defesa de autossuficiência radical; o indivíduo rejeita a necessidade de conexão para evitar a vulnerabilidade, operando como uma "fortaleza isolada".

O mais complexo é o apego desorganizado, típico de sobreviventes de abuso grave.

Aqui, o indivíduo deseja proximidade, mas reage com medo ou dissociação quando a obtém.

É um estado de caos relacional interno onde as estratégias de aproximação e afastamento entram em colapso, levando a padrões de relacionamentos instáveis e muitas vezes revitimizantes, uma vez que o sistema de detecção de segurança está calibrado de forma errada.

O Fenómeno da Solidão Traumática e da Invisibilidade

Uma sequela específica do abuso sexual crónico é a «Solidão Traumática». Ao contrário da solidão comum, esta é uma sensação de isolamento existencial absoluto, derivada de ter de esconder uma realidade atroz (o abuso) para sobreviver.

A criança aprende que, para estar segura, deve ser invisível; as suas necessidades, emoções e dor devem desaparecer para não provocar o agressor.

Na vida adulta, essa "necessidade de invisibilidade" persiste como um mandamento inconsciente.

O indivíduo pode sentir que não tem o direito de ocupar espaço, de ter voz ou de ser realmente visto.

Quebrar essa barreira de invisibilidade e permitir que outro ser humano testemunhe a própria dor e existência ("testemunho empático") é um dos desafios centrais e mais curativos do processo de recuperação.

Resumo

Quando o cuidador é simultaneamente fonte de terror e proteção, cria-se um paradoxo biológico que destrói a confiança. Essa desorganização do apego leva a perceber a intimidade como perigosa, oscilando entre a necessidade de conexão e o medo de ser ferido.

O trauma cristaliza-se em apegos disfuncionais, como o ansioso ou o evitativo. O apego desorganizado, típico do abuso grave, gera um caos relacional interno onde as estratégias de aproximação e afastamento entram em colapso, provocando instabilidade constante e padrões revitimizantes.

A «solidão traumática» surge da necessidade infantil de ser invisível para sobreviver, ocultando a dor. Na idade adulta, persiste o mandamento inconsciente de não ocupar espaço, exigindo uma «testemunha empática» para validar a existência e quebrar o isolamento existencial.


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