LOGIN

REGISTO
Buscador

Impacto neurológico e fisiológico do abuso

Selecionar língua :

Você deve permitir os cookies do Vimeo para poder visualizar o vídeo.

Desbloqueie o curso completo e obtenha sua certificação!

Você está vendo o conteúdo gratuito. Desbloqueie o curso completo para obter seu certificado, exames e material para download.

*Ao comprar o curso, você ganha dois cursos à sua escolha*

*Veja a melhor oferta da web*

Transcrição Impacto neurológico e fisiológico do abuso


Alterações estruturais no cérebro

A exposição contínua ao abuso narcisista provoca alterações físicas mensuráveis na anatomia cerebral, um fenómeno que transcende o puramente psicológico.

Estudos neurocientíficos demonstraram que o stress crónico derivado dessas dinâmicas tóxicas ataca diretamente o hipocampo, a região do cérebro responsável pela aprendizagem e pela memória de curto prazo.

Sob a inundação constante de hormonas do stress, os neurónios nesta área podem atrofiar, o que explica por que razão as vítimas frequentemente relatam «névoa mental», perda de memória e dificuldade em concentrar-se.

Simultaneamente, a amígdala, o centro sentinela do cérebro responsável por processar o medo e as ameaças, sofre hipertrofia (aumento de tamanho).

Ao estar em estado de alerta perpétuo, a amígdala torna-se hiper-reativa. É como se o sistema de alarme de um edifício fosse calibrado para disparar não apenas em caso de incêndio, mas também ao simples acender de um fósforo.

Isso predispõe a vítima a viver em um estado de ansiedade generalizada, interpretando estímulos neutros como perigosos, uma adaptação biológica a um ambiente hostil.

A resposta crónica ao stress e o sistema nervoso

O corpo da vítima permanece em uma ativação ininterrupta do sistema nervoso simpático, conhecida como resposta de "luta ou fuga".

Em situações normais, essa resposta é um mecanismo de sobrevivência temporário.

No entanto, no abuso narcisista, a ameaça não desaparece; ela dorme na mesma cama.

Isso provoca uma liberação sustentada de cortisol e adrenalina. O excesso de cortisol é neurotóxico.

A nível sistémico, este estado de emergência permanente corrói a saúde física, manifestando-se em problemas cardiovasculares, distúrbios gastrointestinais e um sistema imunitário enfraquecido.

Poderíamos comparar isso a uma nação em estado de guerra perpétua: embora a mobilização constante de recursos (hormonas) seja necessária para a defesa imediata, a longo prazo leva à falência da infraestrutura interna (saúde física) e ao colapso dos sistemas de manutenção.

Desenvolvimento do Transtorno de Estresse Pós-Traumático Complexo (TEPT-C)

Ao contrário do TEPT clássico, que geralmente está associado a um evento traumático único e delimitado (como um acidente ou um desastre natural), o abuso narcisista gera um Transtorno de Estresse Pós-Traumático Complexo (TEPT-C).

Este quadro clínico surge da exposição prolongada e repetitiva a traumas de natureza interpessoal dos quais não há fuga fácil, semelhante ao que é experimentado por prisioneiros de guerra ou reféns de longo prazo.

O TEPT-C inclui os sintomas do TEPT (flashbacks, evitação), mas acrescenta uma desregulação afetiva grave, uma autopercepção negativa e permanente (culpa tóxica, sensação de estar «quebrado») e dificuldades nas relações interpessoais.

A vítima não apenas revive o trauma, mas sua personalidade é alterada; ela internaliza a voz do agressor, perpetuando o ciclo de autodesvalorização mesmo quando o relacionamento terminou.

Resumo

A exposição contínua ao abuso atrofia o hipocampo, afetando a memória e gerando confusão mental na vítima. Simultaneamente, a amígdala sofre uma hipertrofia, mantendo um alerta perpétuo que predispõe a viver num estado de ansiedade crónica.

O corpo permanece em constante ativação do sistema simpático, liberando níveis neurotóxicos de cortisol e adrenalina de forma sustentada. Esse estado de emergência permanente corrói a saúde física, causando problemas cardiovasculares e enfraquecendo o sistema imunológico.

O trauma prolongado gera o Transtorno de Estresse Pós-Traumático Complexo (TEPT-C), um quadro clínico distinto do trauma único. Inclui desregulação afetiva, culpa tóxica e uma autopercepção negativa, onde a vítima internaliza a voz do agressor perpetuando a autodesvalorização.


impacto neurologico e fisiologico do abuso

Publicações Recentes de recuperacao abuso

Existem erros ou melhorias?

Onde está o erro?

Qual é o erro?