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Princípios éticos na investigação psicossocial

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Transcrição Princípios éticos na investigação psicossocial


A investigação em psicologia social, como qualquer disciplina científica que envolva participantes humanos, deve ser regida por um conjunto rigoroso de princípios éticos.

Estes princípios são fundamentais para garantir a proteção, o bem-estar, a dignidade e os direitos das pessoas que colaboram nos estudos e orientam todas as etapas do processo de investigação.

Consentimento Informado e Voluntário

Um dos pilares éticos mais importantes é a obtenção do consentimento informado.

Antes de um indivíduo aceitar participar numa investigação, deve receber informações claras, completas e compreensíveis sobre a natureza do estudo, os procedimentos que serão seguidos, os possíveis riscos e benefícios da sua participação e, principalmente, o seu direito de se retirar do estudo a qualquer momento, sem sofrer penalizações ou consequências negativas.

Este consentimento deve ser dado de forma voluntária, livre de qualquer tipo de coação ou pressão indevida.

No caso de participantes que não possam legalmente dar consentimento (como menores ou pessoas com determinadas deficiências cognitivas), o consentimento deve ser obtido dos seus representantes legais.

Minimização de Riscos e Proteção contra Danos

Os investigadores têm a obrigação primordial de proteger os participantes de potenciais danos, sejam eles físicos ou psicológicos.

Isto envolve a conceção de estudos para minimizar os riscos e não exceder aqueles que podem ser encontrados na vida quotidiana.

Se um estudo envolver qualquer nível de stress ou desconforto (por exemplo, a indução de emoção negativa ligeira ou exposição a material sensível), todas as precauções necessárias devem ser tomadas medidas para mitigar estes efeitos.

Além disso, os potenciais benefícios da investigação (para a ciência ou para a sociedade) devem justificar claramente quaisquer riscos mínimos assumidos.

Confidencialidade, Anonimato e Privacidade

A privacidade dos participantes deve ser respeitada em todos os momentos. A confidencialidade das informações pessoais e dos dados recolhidos durante o estudo deve ser garantida.

Sempre que possível, deve ser assegurado o anonimato dos participantes para que as suas respostas ou comportamentos não possam ser ligados às suas identidades individuais.

Esta proteção é essencial para promover a franqueza e a confiança no processo de investigação.

Uso justificado de engano e debriefing

Em algumas pesquisas de psicologia social, pode ser metodologicamente necessário utilizar um determinado grau de engano,ocultar temporariamente o verdadeiro propósito do estudo para evitar que o conhecimento prévio dos participantes influencie o seu comportamento natural.

No entanto, o uso do engano deve ser estritamente justificado pelo valor científico do estudo, não deve implicar riscos significativos e, crucialmente, deve ser seguido por uma sessão de informação completa ou "debriefing".

O debriefing é realizado no final da participação no estudo. Nesta sessão, os participantes são informados sobre o verdadeiro propósito da investigação, qualquer engano utilizado é explicado e quaisquer dúvidas que possam ter são abordadas.

Têm também a oportunidade de expressar os seus sentimentos sobre a experiência e recebem apoio ou recursos, se necessário.

Revisão e aprovação ética

A maioria das instituições académicas e centros de investigação têm Conselhos de Revisão Institucional (IRBs) ou comités de ética independentes.

Estes comités são responsáveis ​​por avaliar todas as propostas de investigação que envolvam seres humanos para garantir que cumprem os padrões éticos estabelecidos antes de poderem começar.

Esta supervisão externa é um mecanismo fundamental para garantir a proteção dos participantes.


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