Transcrição Conceptualização dos processos de subjetivação
Os processos de subjectivação referem-se à dinâmica complexa e contínua através da qual os indivíduos se constituem como sujeitos, ou seja, como desenvolvem o seu sentido de si, a sua identidade e a sua forma particular de experienciar e interpretar o mundo.
Não somos sujeitos pré-formados, mas antes "tornamo-nos" sujeitos na e através da interacção social e cultural.
A Subjectividade como Construção Dinâmica
A subjectividade não é uma entidade estática ou inata, mas um produto da constante interação entre o indivíduo e o seu meio social, cultural e histórico.
Os processos de subjetivação são aqueles através dos quais interiorizamos as normas, os valores, os discursos e as práticas da nossa sociedade e, ao mesmo tempo, os reinterpretamos e lhes damos significado pessoal.
Estes processos são dinâmicos e estão em constante transformação ao longo da vida, à medida que nos deparamos com novas experiências, papéis e relações.
O Papel da Linguagem e do Discurso
A linguagem e os discursos sociais desempenham um papel fundamental na os processos de subjetivação.
Através da linguagem, aprendemos a nomear e a dar sentido às nossas experiências, a nós próprios e ao mundo que nos rodeia.
Os discursos dominantes numa sociedade (sobre género, classe, raça, etc.) fornecem as estruturas interpretativas com as quais construímos a nossa subjetividade.
Internalizamos estes discursos e, muitas vezes de forma inconsciente, posicionamo-nos dentro deles, o que molda a nossa e a nossa forma de ver as coisas.
Interação entre a estrutura social e a agência individual
Os processos de subjectivação envolvem uma tensão dialéctica entre as estruturas sociais que nos moldam e a nossa própria capacidade de agência ou de acção.
Por um lado, somos influenciados e constituídos pelas condições sociais, económicas, políticas e culturais em que vivemos.
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