Transcrição O experimento asch: pressão de grupo e julgamento visual
As experiências de Solomon Asch sobre a conformidade são estudos icónicos em psicologia social que demonstraram como a pressão de um grupo maioritário pode levar os indivíduos a negar a evidência dos seus próprios sentidos e a contentar-se com uma resposta claramente incorreta.
Design Experimental: A Tarefa de Comparação de Linhas
Asch concebeu uma tarefa de julgamento visual aparentemente simples.
Os participantes viram uma linha padrão e, em seguida, três linhas de comparação, e foi-lhes pedido que indicassem qual das três linhas de comparação tinha o mesmo comprimento que a linha padrão.
A tarefa foi fácil e a resposta correta era óbvia.
No entanto, o participante ingénuo realizou esta tarefa num grupo em que os outros membros (que eram, na verdade, cúmplices do experimentador) deram respostas incorretas unanimemente numa série de testes críticos.
O participante ingénuo respondeu após ouvir as respostas incorretas da maioria do grupo.
Resultados Surpreendentes: O Poder da Maioria
Apesar da clareza da resposta correta, Asch descobriu que uma proporção significativa de participantes se conformou à resposta incorreta do grupo maioritário pelo menos uma vez.
Aproximadamente 76% dos participantes se conformaram em pelo menos um teste e, em média, os participantes se conformaram cerca de 37% das vezes em testes críticos.
Isto estava em nítido contraste com um grupo de controlo a realizar a tarefa individualmente, onde os erros eram praticamente inexistentes.
Estes resultados demonstraram o poder da pressão do grupo para influenciar o julgamento individual, mesmo quando a realidade física é clara e óbvia.
Razões para a Conformidade
Entrevistas subsequentes com participantes revelaram diferentes razões para a sua conformidade:
- Alguns chegaram a duvidar dos seus próprios sentidos e a acreditar que a maioria tinha razão (influência social informacional, embora menos predominante nesta situação clara).
- A maioria, no entanto, conformou-se para evitar o ridículo, a desaprovação ou a rejeição do grupo, apesar de saber internamente, que a resposta do grupo
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