Transcrição Fortalecer a autoestima para gerir as críticas
A maneira como uma pessoa se valoriza atua como um pilar central na sua forma de viver e se relacionar.
Ter uma boa autoestima não significa sentir-se superior nem pretender não ter erros, mas reconhecer o seu próprio valor, mesmo nos momentos difíceis ou quando as coisas não saem como esperado.
É saber que cometer erros não anula as capacidades, que pedir ajuda não é sinal de fraqueza e que se pode ser valioso sem depender da aprovação dos outros.
Essa visão saudável de si mesmo não só ajuda a manter a motivação interna, mas também permite uma maior capacidade de recuperação emocional diante dos altos e baixos da vida.
Sem essa base interna sólida, qualquer opinião externa pode se tornar um ataque direto à identidade.
Como a autoestima protege contra as críticas
Quando a segurança interior é escassa, a opinião dos outros ganha um peso desproporcional.
As críticas, mesmo as mais construtivas, podem ser percebidas como ameaças pessoais, porque não se tem um espaço interno a partir do qual sustentar o próprio valor.
Por outro lado, quem cultivou uma autoestima firme não precisa que os outros confirmem constantemente o seu valor.
Isso não significa tornar-se indiferente às opiniões, mas desenvolver um filtro que permita discernir quais observações podem ajudar a melhorar e quais simplesmente refletem julgamentos externos que não merecem ser interiorizados.
Dessa forma, evita-se que cada crítica ative emoções intensas de rejeição, insegurança ou tristeza profunda.
Aprender a não se identificar com cada palavra que vem do ambiente é parte do trabalho emocional que se baseia na autoestima.
Responsabilidade pessoal e cura das feridas do passado
Muitos dos conflitos com a autoestima têm raízes na infância ou em experiências em que não fomos tratados com respeito, carinho ou validação suficientes. No entanto, carregar esse legado indefinidamente pode se tornar uma prisão.
Reconhecer o impacto do que vivemos é importante, mas também é importante assumir que cada pessoa tem a capacidade de escolher como continuar seu caminho.
Às vezes, a maneira como a pessoa se trata reflete antigas vozes internas que continuam ativas: frases duras, julgamentos automáticos, rótulos assumidos como verdade.
Reeducar essa voz interior faz parte do fortalecimento emocional. Abandonar o papel de vítima e recuperar a responsabilidade sobre a própria narrativa é um ato de maturidade que liberta.
Quando essa mudança é alcançada, já não se vive para evitar críticas, mas para crescer, aprender e relacionar-se a partir de um lugar de confiança e autenticidade.
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