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Acompanhamento psicanalítico em processos de luto

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Transcrição Acompanhamento psicanalítico em processos de luto


O acompanhamento no processo de luto, na perspectiva psicanalítica, não se reduz a aliviar o mal-estar ou eliminar sintomas, mas a sustentar um espaço onde o sujeito possa elaborar, através da linguagem, aquilo que a perda mobilizou no mais profundo da sua estrutura psíquica. Longe de soluções imediatas, este trabalho requer tempo, escuta e respeito pelos tempos singulares de quem sofre.

Escuta, simbolização e elaboração da dor

O primeiro passo no acompanhamento psicanalítico é oferecer uma escuta sem julgamento, que permita ao enlutado colocar em palavras o impacto subjetivo da perda.

Ao contrário de abordagens que procuram consolar ou distrair, a psicanálise propõe um espaço onde o sofrimento pode se desdobrar e adquirir uma forma simbólica. É através da linguagem que o sujeito pode transformar a dor bruta em sentido e começar a se situar diante do que perdeu.

Este trabalho não consiste simplesmente em «falar sobre o que aconteceu», mas em permitir que se revele o que essa perda representa no inconsciente: uma fratura no desejo, um eco de falhas anteriores, uma desestabilização da própria identidade. O sofrimento que acompanha o luto, longe de ser uma anomalia, é parte do caminho necessário para uma nova organização subjetiva.

Evitar interpretações prematuras ou medicalização apressada

Uma intervenção que pretenda interpretar demasiado cedo o que ainda não foi processado pode ser contraproducente. O perigo de colocar palavras do terapeuta onde ainda não surgiram as do paciente é impedir a elaboração genuína.

O analista não deve apressar o sentido, mas facilitar que ele surja por si mesmo no discurso do sujeito. Na mesma linha, o uso prematuro de medicamentos pode dificultar o processo de simbolização.

Embora haja situações em que o apoio farmacológico é necessário, medicalizar o luto desde o início corre o risco de silenciar o conflito sem tê-lo trabalhado, deixando intactas as raízes inconscientes do sofrimento. O luto requer um tempo psíquico que não pode ser acelerado artificialmente sem consequências.

O papel do analista na reconfiguração do desejo após a perda

O luto não implica apenas o desaparecimento de alguém ou algo, mas também a queda de um laço libidi


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