Transcrição Abordar crenças falsas que dificultam a recuperação do paciente
Uma das crenças mais difundidas é pensar que a depressão é superada com atitude ou esforço. Isso dá origem a frases como «dá o teu melhor» ou «tens de ser forte», que, longe de ajudar, aumentam a culpa do paciente. É fundamental explicar que a depressão não é um problema de vontade, mas um transtorno complexo que afeta o pensamento, o corpo e o comportamento, e que precisa de atenção clínica especializada.
A ideia errada de que só afeta pessoas fracas
Associar a depressão à fraqueza emocional perpetua o silêncio e a vergonha. Muitas pessoas atrasam a procura de ajuda por medo de serem julgadas. Este estigma impede a recuperação e pode aprofundar o isolamento. É essencial desmistificar esta ideia e transmitir que a depressão não discrimina e não é sinal de incapacidade pessoal.
A falsa imagem do sucesso como escudo
Existe surpresa social quando alguém considerado bem-sucedido passa por uma depressão. Pensa-se que ter conquistas, dinheiro ou reconhecimento impede o sofrimento emocional. A realidade é que a depressão pode afetar qualquer pessoa, independentemente da sua aparência externa, conquistas ou status. Visibilizar essa verdade ajuda a combater o estigma silencioso.
A crença de que é uma busca por atenção
Pensar que alguém fica deprimido para chamar a atenção banaliza a sua dor e invalida-a. Este julgamento afasta as pessoas da sua rede de apoio e agrava o seu mal-estar. Ensinar que a depressão é um distúrbio grave e frequente promove uma atitude mais empática por parte do ambiente, facilitando um acompanhamento adequado.
Desconfiança em relação ao tratamento farmacológico
Existe o receio de que os antidepressivos criem dependência ou sejam uma «muleta artificial». Estas ideias limitam o seu uso e podem dificultar o tratamento. Educar sobre como e por que os antidepressivos são usados permite ao paciente compreender que eles não substituem o trabalho pessoal, mas estabilizam o humor para facilitar a intervenção psicológica.
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