Problemas na indústria farmacêutica

A grande ascensão e desenvolvimento da indústria farmacêutica, aliada aos avanços da medicina e da ciência em geral, permitiu-nos aumentar a nossa qualidade de vida e o nosso tempo médio de vida enquanto espécie. A tão falada indústria farmacêutica é a mesma indústria que está por detrás dos antibióticos que utilizamos para matar bactérias que há séculos atrás eram capazes de exterminar uma população inteira. São os medicamentos que nos ajudam a ultrapassar doenças mortais ou a lidar com outras que podem ser muito dolorosas.

Há também um outro lado da indústria farmacêutica, um lado que é amplamente repudiado por aqueles que não gostam de ver a sua saúde como um negócio. Porque a indústria de que estamos a falar é uma das mais lucrativas e não é segredo que o seu objetivo é vender o maior número possível de medicamentos. Tudo isto leva a mitos como o de que quem cria a cura cria a doença, que os medicamentos acabam por causar mais doenças ou que são apenas placebos.

Neste guia, não nos centraremos nos mitos que rodeiam este tema, mas em questões factuais relativas a alguns problemas muito prementes na indústria farmacêutica.

Abuso de medicamentos

Os medicamentos são muito necessários, este é um facto irrefutável. O problema dos medicamentos é que nos são sempre vendidos como a primeira opção e não como aquilo que deveriam ser, uma opção secundária. Quando temos uma febre ligeira, fazemo-la baixar com medicamentos, apesar de se tratar de um mecanismo de defesa do nosso organismo e de, na verdade, o nosso corpo ser capaz de se livrar da febre por si próprio num grande número de ocasiões. O mesmo acontece com as infecções ligeiras, que são combatidas desnecessariamente com antibióticos, em vez de as lavarmos bem e esperarmos que se curem.

Esta lógica entrou nas nossas cabeças devido à cumplicidade entre as empresas farmacêuticas que querem vender os seus medicamentos e os médicos pouco profissionais que não têm competências para prescrever tratamentos.

Rejeição da medicina natural

A indústria farmacêutica rejeita tudo o que não nos pode vender como medicamento. Na maioria dos países, os médicos estão proibidos de prescrever tratamentos naturais para as doenças, porque não são considerados medicamentos. O problema é que, para que algo seja considerado um medicamento, tem de ser submetido a testes dispendiosos, mesmo que existam estudos anteriores sobre a sua eficácia.

Nenhuma empresa farmacêutica vai gastar os seus recursos para provar que o consumo de uma determinada especiaria cura a gripe, até porque não tem uma patente para a sua venda exclusiva. Quando muito, pegam na especiaria e acrescentam-lhe elementos desnecessários, transformam-na num comprimido e depois fazem os estudos e vendem-no.

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