Transcrição Como eliminar gagueiras e preenchimentos para um discurso fluido
Identificando os seus próprios tiques verbais (hum, este, ou seja...)
Os preenchimentos verbais, também conhecidos como muletillas, são sons ou palavras como "hum", "ah", "este", "ou seja", "bom" ou "você sabe" que usamos para preencher as pausas no nosso discurso.
Embora o seu uso moderado seja natural em qualquer conversa, a sua repetição excessiva pode ser muito prejudicial.
Um discurso repleto de muletillas projeta uma imagem de insegurança, dúvida e falta de preparação.
O primeiro passo, e o mais crucial para eliminá-las, é a autoconsciência.
Devemos fazer um esforço consciente para ouvir o nosso próprio discurso, a fim de identificar quais são os nossos tiques verbais específicos e com que frequência os usamos.
Por que aparecem: falta de preparação, nervosismo ou busca por palavras
Os tics verbais não surgem por acaso; são uma resposta a uma sobrecarga cognitiva ou emocional.
Geralmente, surgem por três razões principais:
Falta de clareza de pensamento: quando os nossos pensamentos não estão bem estruturados ou não temos a certeza do que queremos dizer a seguir.
Nervosismo ou desconforto: em situações de alta pressão, como falar em público, os preenchimentos verbais atuam como um «cobertor de segurança» auditivo para acalmar a ansiedade.
Busca por palavras: nós as usamos para preencher o silêncio enquanto nosso cérebro busca a palavra ou a lembrança adequada que queremos expressar.
Compreender a sua origem ajuda-nos a abordar o problema na raiz, em vez de apenas tratar o sintoma.
A técnica de substituir o palavrão por uma breve pausa silenciosa
A estratégia mais eficaz para combater os tics verbais é simples na sua concepção, mas requer prática deliberada: em vez de preencher um vazio com um som, devemos aprender a abraçar o silêncio.
A técnica consiste em substituir conscientemente cada impulso de usar um palavrão por uma breve pausa silenciosa.
No início, pode parecer desconfortável, mas o efeito na audiência é transformador. Uma pausa não é percebida como hesitação, mas como deliberação e controlo.
Transmite que o orador está a pensar cuidadosamente, o que acrescenta peso e seriedade às suas palavras, ao contrário da hesitação que um «hum» ou um «este» sugerem.
Exercícios de gravação e autoavaliação para reduzir o seu uso
A forma mais eficaz de colocar em prática a técnica da pausa é através da gravação e da autoavaliação.
Um exercício prático consiste em gravar um áudio ou vídeo de si mesmo falando sobre qualquer assunto durante um ou dois minutos.
Depois, ouça ou assista com um único objetivo: contar o número de vezes que você usa os seus palavrões identificados. Este exercício aumenta drasticamente a autoconsciência.
Como complemento, pode escrever as suas expressões mais frequentes
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