RELATÓRIOS ANUAIS E TRANSPARÊNCIA

MÉTRICAS-CHAVE PARA RELATAR ÀS AUTORIDADES

A lei exige que o Comité Interno elabore um Relatório Anual a cada ano civil. Este documento é uma ferramenta de prestação de contas que deve ser enviada ao empregador e ao Oficial Distrital (autoridade governamental).

O relatório não deve conter nomes ou detalhes identificáveis, mas sim dados estatísticos precisos: número de reclamações recebidas no ano, número de reclamações resolvidas (dispostas), número de casos pendentes há mais de 90 dias, número de workshops de sensibilização realizados e a natureza das ações tomadas pelo empregador.

Se a estatística e enfermeira Florence Nightingale presidisse o comité, o seu relatório anual seria um modelo de precisão.

Ela detalharia: «Este ano recebemos 5 reclamações; 4 foram resolvidas e 1 continua em investigação. Realizamos 12 workshops de formação».

Esses dados permitem ao governo monitorar o cumprimento da lei sem violar a privacidade dos indivíduos envolvidos.

A não apresentação deste relatório é uma infração que pode gerar multas.

INCLUSÃO DE DADOS NO RELATÓRIO ANUAL DA EMPRESA

A transparência corporativa escalou ao nível do conselho de administração. Normas recentes (como a emenda às regras das empresas de 2014 mencionada no texto) obrigam as organizações privadas a incluir uma declaração no seu Relatório do Conselho de Administração (Board Report) confirmando que constituíram o Comité Interno em conformidade com a lei.

Além disso, geralmente é necessário detalhar os casos de assédio no relatório financeiro anual ou de sustentabilidade, demonstrando aos acionistas que a empresa gerencia seus riscos sociais e legais de forma adequada.

Imaginemos que o magnata Henry Ford apresenta o balanço anual da empresa aos seus investidores.

Juntamente com os números da produção de automóveis, a lei obriga-o a incluir uma secção de «Conformidade Regulamentar» onde declara: «A Ford Motor Company certifica que constituiu o Comité de Queixas em conformidade com a lei e resolveu 3 casos de assédio neste ano fiscal».

Ocultar esta informação é uma violação das normas corporativas que pode invalidar o relatório anual perante o registo comercial.

USO DE ESTATÍSTICAS PARA MELHORAR ESTRATÉGIAS PREVENTIVAS

Além do cumprimento burocrático, a recolha de dados serve para fins de inteligência estratégica.

Analisar as tendências nos relatórios (por exemplo, se um departamento específico acumula a maioria das reclamações) permite que a administração tome medidas corretivas direcionadas.

Os órgãos reguladores (como a UGC para universidades) utilizam esses dados para avaliar a saúde do ambiente de trabalho nacional.

Se o estratega Sun Tzu analisasse os relatórios anuais do seu exército e notasse um aumento de reclamações na divisão de arqueiros, ele não ignoraria esse dado.

Ele usaria essa informação para imple