Transcrição CONSEQUÊNCIAS DO INCUMPRIMENTO
SANÇÕES ECONÓMICAS, LEGAIS E PERDA DE LICENÇAS
O incumprimento das normas de prevenção acarreta penalizações severas que aumentam com a reincidência.
Inicialmente, as multas podem parecer administráveis (por exemplo, 50.000 rúpias no âmbito POSH), mas a repetição da infração pode duplicar essas sanções.
No entanto, o risco mais crítico para a continuidade dos negócios é o poder do governo de cancelar, retirar ou não renovar as licenças de operação e registros comerciais da empresa.
A falta de um mecanismo de segurança para as mulheres pode levar ao encerramento legal da organização.
Se a Companhia das Índias Orientais operasse hoje e se recusasse obstinadamente a constituir um comitê de reclamações após várias advertências, o governo teria o poder não apenas de multá-la, mas também de revogar sua carta real de comércio.
O custo de ignorar a lei não é apenas uma rubrica orçamental para multas; é uma ameaça existencial à capacidade operacional da empresa.
Além disso, os diretores podem enfrentar responsabilidade criminal pessoal se for provado que encobriram ativamente os fatos.
RESPONSABILIDADE VICÁRIA DO EMPREGADOR POR ATOS DE SUPERVISORES
Legalmente, as ações de um supervisor são frequentemente consideradas como ações da própria empresa (responsabilidade vicária).
Em casos de assédio Quid Pro Quo, em que um supervisor usa a sua autoridade delegada para extorquir sexualmente, o empregador é estritamente responsável, independentemente de saber ou não do facto.
Em casos de ambiente hostil criado por colegas ou terceiros, o empregador é responsável se for demonstrada negligência: ou seja, se sabia (ou deveria saber) e não agiu para corrigir a situação.
Se um general sob o comando de Napoleão assediasse uma oficial prometendo-lhe medalhas em troca de favores, Napoleão (a empresa) seria automaticamente responsável perante a lei, porque ele concedeu ao general o poder que está a ser usado de forma abusiva.
Napoleão não poderia defender-se dizendo «eu não sabia de nada»; ao colocar essa pessoa em posição de poder, a empresa assume o risco e a responsabilidade pelos seus atos.
IMPACTO NA MARCA EMPREGADORA E NAS RELAÇÕES COMERCIAIS
Para além dos tribunais, o tribunal da opinião pública e do mercado pode ser devastador.
O incumprimento gera danos irreparáveis à reputação, perda de confiança ("goodwill") e dificuldades extremas para atrair talentos qualificados.
No ecossistema empresarial moderno, investidores e parceiros comerciais realizam due diligence ética; muitas empresas se recusam a se associar a organizações com histórico de assédio sistémico ou violação de normas, o que resulta em perdas estratégicas e financeiras massivas.
Se o banco dos Médici se envolvesse num escândalo público por não proteger as suas funcionárias e punir as vítimas, sofreria uma fuga de capitais.
Os clientes nobres e outros sindicatos comerciais cortariam laços para não ver a sua própria reputação manchada por associação.
Os talentos financeiros fugiriam para a concorrência e a marca ficaria marcada como um ambiente tóxico, afetando sua avaliação de mercado a longo prazo.
Resumo
Ignorar as regulamentações acarreta sanções econômicas severas que aumentam com a reincidência da infração. O governo tem o poder de cancelar licenças comerciais, o que pode levar ao fechamento das operações.
Existe uma responsabilidade vicária em que a empresa responde legalmente pelos atos de seus supervisores. O empregador é responsável em casos de assédio sexual ou ambientes hostis se demonstrar negligência administrativa.
O incumprimento prejudica irremediavelmente a marca e a confiança no mercado. Os investidores e os talentos qualificados evitam associar-se a organizações tóxicas, resultando em perdas financeiras e estratégicas massivas.
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