Transcrição O papel das emoções na comunicação
As emoções como base fundamental da comunicação
As emoções não são um mero complemento da comunicação, mas uma de suas bases mais fundamentais.
Existem correntes de pensamento que defendem que o componente emocional pode constituir até 80% do impacto de uma mensagem, enquanto as palavras por si só representam apenas uma pequena fração.
Um exemplo claro disso pode ser visto quando o contexto visual de uma situação gera uma forte resposta emocional (como tensão ou estresse) que anula completamente o conteúdo verbal de uma conversa neutra que ocorre simultaneamente.
Isso demonstra que, como seres humanos, estamos programados para reagir primeiro ao conteúdo emocional.
Portanto, compreender e gerir as emoções é indispensável para qualquer pessoa que deseje comunicar-se de forma eficaz.
Como as emoções (próprias e alheias) afetam a interpretação da mensagem
As emoções atuam como um filtro poderoso que modifica tanto a forma como enviamos uma mensagem quanto a maneira como ela é interpretada.
Quando nos comunicamos a partir de um estado emocional intenso, como raiva ou frustração, nosso estilo de comunicação muda, podendo se tornar mais agressivo ou menos claro.
Nesses momentos, mais do que comunicar uma ideia, estamos transmitindo o nosso estado emocional.
O receptor, por sua vez, tende a dar mais credibilidade aos sinais emocionais não verbais (tom de voz, expressões faciais) do que às palavras literais.
Se alguém diz «estou muito tranquilo» com uma voz tensa e o cenho franzido, o interlocutor acreditará na mensagem não verbal de raiva, não nas palavras.
Essa primazia do emocional sobre o verbal torna o gerenciamento das emoções crucial para evitar mal-entendidos.
As emoções como fonte de informação
Além de serem um filtro, as emoções são uma fonte valiosa de informação para um comunicador perspicaz.
Aprender a «ler» tanto as nossas próprias emoções como as dos outros proporciona-nos uma compreensão mais profunda da situação que as palavras por si só não podem oferecer.
Por exemplo, um guia experiente na natureza pode sentir um perigo iminente não por uma evidência clara, mas ao interpretar uma soma de pequenos sinais: sua própria sensação de inquietação, o comportamento anormal dos animais, um som quase imperceptível.
Da mesma forma, numa conversa, se detectarmos medo ou frustração no nosso interlocutor, podemos usar essa informação.
Em vez de reagir apenas às suas palavras, podemos ajustar o noss
o papel das emocoes na comunicacao