Transcrição Compreender o interlocutor: estado emocional e necessidades
A importância de considerar o estado emocional do receptor
Assim como o estado emocional do emissor influencia a comunicação, o do receptor é igualmente determinante para o sucesso da interação.
Cada interlocutor chega a uma conversa com seu próprio estado mental e emocional, suas próprias pressões e limitações.
Tentar abordar uma conversa difícil ou apresentar uma ideia complexa a alguém que está visivelmente irritado, apressado ou estressado é uma estratégia fadada ao fracasso.
O receptor não estará em uma disposição mental adequada para ouvir e processar as informações de maneira objetiva.
Um comunicador emocionalmente inteligente é capaz de perceber esses sinais e tomar a decisão de adiar a conversa, se necessário, esperando um momento em que o interlocutor esteja mais receptivo.
Essa consideração não é apenas um sinal de profissionalismo, mas aumenta drasticamente as chances de que a mensagem seja recebida de forma positiva.
Como identificar as necessidades do interlocutor para adaptar a mensagem
Uma comunicação verdadeiramente eficaz não se concentra no que o emissor quer dizer, mas no que o receptor precisa ouvir.
Para conseguir isso, é essencial ter sempre em mente as necessidades da pessoa que temos à nossa frente.
Antes de comunicar, devemos fazer duas perguntas fundamentais: «O que é que esta pessoa realmente precisa de saber?» e «Como posso apresentar esta informação da forma mais útil e compreensível para ela?».
Esta abordagem obriga a adaptar o conteúdo da mensagem, ajustando o nível de detalhe, a linguagem e o enfoque para que ressoe com a perspetiva do recetor.
Ao nos concentrarmos nas suas necessidades, transformamos um simples monólogo num ato de serviço, tornando a nossa mensagem mais relevante, valiosa e, consequentemente, muito mais persuasiva.
O exercício de se colocar no lugar do outro
A capacidade de adaptar a mensagem às necessidades do destinatário baseia-se num exercício prático de empatia: o esforço consciente de «colocar-se no lugar do outro».
Este não é um ato passivo, mas uma ferramenta estratégica que nos permite ver a situação da perspectiva do nosso interlocutor.
Ao fazê-lo, podemos compreender melhor as suas preocupações, antecipar as suas possíveis dúvidas e imaginar as perguntas que podem surgir na sua mente.
Um comunicador habilidoso usa essa visão para preparar a sua mensagem, abordando proativamente essas perguntas e preocupações antes mesmo que elas sejam formuladas.
Este exercício de antecipação empática é uma das técnicas mais poderosas para tornar qualquer comunicação mais clara, precisa e, em última análise, mais bem-sucedida.
Resumo
Assim como o estado emocional do emissor influencia, o do receptor é igualmente determinante para o sucesso da interação. Tentar apresentar uma ideia complexa a alguém irritado ou estressado está fadado ao fracasso.
Uma comunicação eficaz não se concentra no que o emissor quer dizer, mas no que o receptor precisa ouvir. Devemos adaptar o conteúdo, a linguagem e a abordagem para que ressoem com a sua perspetiva.
A capacidade de adaptar a mensagem baseia-se na empatia: «colocar-se no lugar do outro». Este exercício permite-nos compreender as suas preocupações, antecipar as suas dúvidas e abordar proativamente as suas perguntas antes que elas sejam formuladas.
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