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ASSÉDIO QUID PRO QUO (CHANTAGEM SEXUAL)

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Transcrição ASSÉDIO QUID PRO QUO (CHANTAGEM SEXUAL)


CONCEITO DE TROCA DE FAVORES SEXUAIS POR BENEFÍCIOS LABORAIS

A expressão latina Quid Pro Quo traduz-se literalmente como «algo em troca de algo» ou «isto por aquilo».

No contexto do assédio sexual no trabalho, representa a forma mais direta e reconhecível de abuso.

Ocorre quando a submissão ou a rejeição a um comportamento sexual indesejado é usada explícita ou implicitamente como base para decisões que afetam o emprego de uma pessoa.

É, em essência, uma chantagem sexual em que os benefícios profissionais (aumentos, promoções, contratação) são condicionados à satisfação de exigências sexuais.

Este tipo de assédio elimina a meritocracia e transforma o corpo ou a intimidade do empregado numa moeda de troca forçada.

Imaginemos o rei Henrique VIII atuando como CEO de uma corporação moderna.

Se ele dissesse a Ana Bolena, uma aspirante a gerente, que a única maneira de garantir o seu lugar no conselho de administração era acompanhá-lo a um jantar romântico e passar a noite com ele, estaríamos perante um caso clássico de Quid Pro Quo.

A qualificação profissional de Ana torna-se irrelevante diante da exigência sexual de seu superior.

DINÂMICAS DE PODER E AUTORIDADE NA CHANTAGEM

O assédio Quid Pro Quo requer intrinsecamente uma disparidade de poder. O assediador deve ocupar uma posição de autoridade ou supervisão que lhe permita conceder ou reter benefícios tangíveis.

A vítima encontra-se numa posição de vulnerabilidade em que o seu sustento ou a sua carreira dependem da vontade do assediador.

A coerção nem sempre é uma ameaça direta de demissão; pode manifestar-se como a promessa de um tratamento preferencial ou a ameaça sutil de estagnar uma carreira promissora.

Se Julio César, como diretor regional, insinuasse a Cleópatra, uma funcionária subordinada, que «poderia puxar alguns cordelinhos» para a sua transferência para a sede central em Roma, mas apenas se ela se mostrasse «grata» em privado, estaria a exercer um abuso de poder flagrante.

Embora não a ameace com demissão imediata, ele está condicionando o progresso profissional dela a uma troca sexual, aproveitando-se de sua hierarquia.

ANÁLISE DE CASOS: PROMESSAS DE PROMOÇÃO OU AMEAÇAS DE DEMISSÃO

As consequências deste assédio são binárias: se a vítima aceitar, o assédio é consumado sob coação; se recusar, sofre represálias tangíveis.

É vital compreender que, mesmo que a vítima aceite por medo de perder o emprego, não se considera uma relação consensual, mas sim assédio, uma vez que o consentimento foi viciado pela ameaça implícita ou explícita.

A lei pune severamente esses comportamentos porque eles alteram as condições contratuais do emprego com base no sexo.

Voltando ao exemplo histórico, se Ana Bolena rejeitasse as insinuações de Henrique VIII e, como consequência direta, fosse demitida, rebaixada a um cargo inferior ou tivesse um bónus que já havia ganho negado, a empresa seria estritamente responsável pelas ações do supervisor.

A retaliação por rejeitar a investida sexual confirma a natureza transacional e abusiva do incidente inicial.

RESUMO

O assédio Quid Pro Quo é uma chantagem direta em que benefícios laborais tangíveis, como promoções ou contratações, são condicionados à aceitação de favores sexuais explícitos ou implícitos por parte da vítima.

Esta modalidade requer uma clara disparidade de poder, em que um supervisor abusa da sua autoridade para coagir o funcionário, cuja carreira ou sustento dependem da submissão à vontade do assediador.

As represálias por recusar essas exigências, como demissões injustificadas ou rebaixamentos, confirmam a natureza abusiva do ato, sendo a empresa estritamente responsável pelas ações coercivas de seus supervisores.


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