Técnica de fragmentação

A técnica Chunking tornou-se popular ao longo do tempo devido ao seu método eficaz de organizar o trabalho do aluno de forma metodológica. Enquanto ferramenta, pretende ser útil nos processos de estudo e de realização dos trabalhos de casa, e insere-se na lógica de base da criação de estruturas organizadas de trabalho, sempre sublinhada para aumentar a eficácia e a utilização do tempo de trabalho.

Tendo em conta a importância deste tema para todos aqueles que têm de enfrentar cargas lectivas elevadas e jornadas de estudo intensas, propomos o seguinte guia, onde destacaremos os aspectos básicos que distinguem esta técnica das outras, para que possa tirar partido dela nas suas jornadas de estudo.

Em que é que consiste?

A técnica Chunking baseia-se na organização e no agrupamento de informações. Baseia-se na tese de que a memória humana é ineficiente e tende a falhar em momentos de grande pressão, pelo que a técnica Chunking trata de ultrapassar ou apaziguar estas limitações, agrupando e criando estruturas lógicas e padrões fáceis de memorizar.

Isto permite-nos armazenar uma maior quantidade de informação no nosso cérebro de uma forma estruturada, optimizando a relação dos conceitos e facilitando a utilização dessa informação.

Eficiência

O nosso cérebro está programado para encontrar padrões familiares, que oferecem menos resistência e são mais fáceis de processar. Isto explica porque é que tendemos a ver rostos nas paredes ou estruturas aleatórias, bem como nuvens, onde encontramos formas que são moldadas pelo nosso próprio cérebro.

É aqui que reside a eficácia da técnica Chunking, que facilita os processos de memorização, organização e transmissão de informação, uma vez que pode ser aplicada a partir de duas vertentes, uma em que o aluno procura assimilar uma elevada carga de conteúdos e estruturá-los logicamente, e outra em que o próprio aluno procura transmitir esses conteúdos, para garantir que a informação é corretamente recebida. Trata-se de um método que optimiza a circulação e o armazenamento dos conhecimentos.

A aplicação

Embora existam muitas aplicações em que podemos utilizar a técnica Chunking, vamos ilustrá-la com exemplos claros para facilitar a sua compreensão. Se quiser aprender uma nova língua, como o inglês, terá de memorizar uma longa lista de palavras e incorporá-las no seu vocabulário.

Para o fazer, pode agrupá-las pela sua fonética ou terminação, o que facilita a sua memorização e o estabelecimento de ligações lógicas entre elas. O mesmo acontece com a língua espanhola: quando a aprendemos, os conceitos são-nos ensinados em pequenos agrupamentos lógicos, desde os tipos de frases, as estruturas, as preposições, as conjunções, etc. O agrupamento é a técnica de aprendizagem mais utilizada no ensino, o que acontece é que, por vezes, não conseguimos perceber como é que aprendemos as questões mais básicas e extrapolamos estes mesmos métodos para outras matérias mais complexas.

Da biologia pareceria uma loucura querer memorizar os nomes de todos os animais terrestres, mas os biólogos dominam uma grande variedade destes animais, não só os seus nomes, mas também as suas principais caraterísticas e traços distintivos. Isto deve-se ao facto de os agruparem com base nas suas semelhanças. Do mesmo modo, na história, os factos históricos são agrupados em etapas, períodos e regiões geográficas para que a informação tenha uma sequência e uma ordem lógicas.