O otimismo. Uma escolha e um desenvolvimento continuo

Embora a genética possa influenciar as tendências temperamentais de uma pessoa, o otimismo não é uma carateristica imutável ou um estado fixo com o qual se nasce ou não.

O sucesso académico e profissional é, antes, uma atitude, uma forma de interpretar o mundo e, sobretudo, uma decisão consciente que pode ser cultivada e reforçada ao longo do tempo.

É um processo de aprendizagem e desenvolvimento pessoal, não um destino predeterminado.

O otimismo como uma decisão consciente

A capacidade de ser otimista reside em grande parte na escolha pessoal.

Perante as várias situações da vida, tanto positivas como negativas, cada individuo tem o poder de decidir se adopta uma perspetiva esperançosa e construtiva ou uma perspetiva mais pessimista e limitadora.

Esta escolha manifesta-se na forma como processamos os nossos pensamentos e gerimos as nossas emoções face aos acontecimentos.

Por exemplo, perante um problema, a pessoa pode decidir pensar que as causas são internas e imutáveis, que os maus acontecimentos durarão para sempre e que afectarão todos os aspectos da vida, levando à inação.

Ou, pelo contrário, pode optar-se conscientemente por adotar um estilo explicativo mais positivo, considerando que os problemas são temporários, controláveis e não têm de condicionar toda a existência.

Um processo de cultivo e desenvolvimento

O otimismo, como qualquer força de carácter, é desenvolvido e reforçado pela prática deliberada.

Não é um estado que se atinge de um dia para o outro. É o resultado de um esforço continuo para manter uma atitude positiva e um estilo explicativo construtivo.

Exige que se tome consciência dos próprios padrões de pensamento, especialmente os pessimistas ou derrotistas, e que se trabalhe ativamente para os reorientar para uma perspetiva mais esperançosa.

Este processo pode envolver aprender a identificar as causas dos problemas de forma mais realista, a ver os contratempos como oportunidades de aprendizagem e a concentrar-se nas soluções e não nos obstáculos.

Trata-se de uma viagem ao longo da vida, em que cada experiência, bem gerida, pode contribuir para reforçar esta qualidade valiosa.

A psicologia positiva, neste sentido, não propõe uma chegada a um "lugar" de otimismo perpétuo.

Mas ferramentas para percorrer a "estrada" da vida com uma disposição mais otimista.