Transcrição Tipos de aprendizagem: condicionamento clássico, operante e cognitivo
Condicionamento Clássico: O Legado de Ivan Pavlov
O fisiologista russo Ivan Pavlov foi um pioneiro no estudo do condicionamento clássico, um tipo de aprendizagem em que aprendemos a associar dois estímulos.
Esse processo nos permite antecipar eventos que são significativos para nós, já que nosso cérebro aprende a vincular um sinal a um evento que ocorrerá posteriormente.
O condicionamento clássico se concentra em respostas que são biológicas e naturais, ou seja, comportamentos que o corpo realiza de forma completamente automática.
O famoso experimento de Pavlov com cães demonstrou como um estímulo neutro, como o som de um sino, poderia provocar salivação.
Esse tipo de aprendizagem explica muitas de nossas reações emocionais e fisiológicas, como o medo que sentimos ao ver uma agulha após uma experiência ruim.
Condicionamento Operante: Lei do Efeito de B. F. Skinner
O psicólogo B. F. Skinner foi o principal expoente do condicionamento operante, um tipo de aprendizagem em que associamos uma resposta voluntária à sua Consequências.
Nesse tipo de condicionamento, os organismos aprendem a repetir ações que são seguidas por bons resultados e a evitar ações que produzem maus resultados.
Ao contrário do condicionamento clássico, que se baseia em respostas automáticas, o condicionamento operante se concentra em comportamentos que escolhemos realizar voluntariamente.
O princípio fundamental é que ações seguidas por reforço, como uma recompensa, tendem a aumentar, enquanto aquelas seguidas por punição diminuem.
Esse tipo de aprendizado é fundamental para entender como adquirimos uma ampla gama de habilidades e hábitos, desde estudar para uma prova até obedecer a regras.
Aprendizagem cognitiva: além do comportamento observável
A aprendizagem cognitiva é um tipo de aprendizado que ocorre por meio da aquisição de informações mentais, seja por meio da observação ou da linguagem.
Essa perspectiva reconhece que nem todo aprendizado pode ser explicado apenas pela associação de estímulos ou pelas consequências do comportamento observável.
Também aprendemos observando outras pessoas, imitando suas ações e aprendendo com seus sucessos e fracassos, um processo conhecido como observacional.
aprendizagem.
Além disso, por meio da linguagem, somos capazes de aprender sobre coisas que nunca vivenciamos diretamente, como eventos históricos ou conceitos científicos abstratos.
A Integração de Diferentes Tipos de Aprendizagem
É muito importante entender que esses três tipos de aprendizagem não são mutuamente exclusivos, mas frequentemente interagem e se complementam.
Nossa capacidade de aprender é o resultado de uma interação complexa entre respostas automáticas, comportamentos voluntários e nossos processos de pensamento cognitivo.
Por exemplo, podemos aprender a temer cães (condicionamento clássico), mas também podemos aprender a evitá-los (condicionamento operante) observando os outros.
Ao mesmo tempo, nosso pensamento (aprendizagem cognitiva) pode influenciar a maneira como interpretamos tanto os estímulos quanto as consequências de nossas próprias ações.
Compreender esses diferentes tipos de aprendizagem nos dá uma visão muito mais completa de como adquirimos o conhecimento e as habilidades que nos definem.
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