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O luto como experiência psíquica normal

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Transcrição O luto como experiência psíquica normal


Na jornada emocional do ser humano, há três experiências afetivas que costumam ser confundidas, embora correspondam a processos distintos: a tristeza, o luto e a melancolia. A tristeza é uma resposta emocional comum a qualquer percepção de falta ou limitação.

O luto, por sua vez, implica uma elaboração mais complexa, que se desencadeia após uma perda concreta e reconhecida. A melancolia, por outro lado, é uma experiência patológica que surge quando a perda não pode ser assumida ou se torna inconsciente.

Do ponto de vista psicanalítico, entende-se que estes três estados emergem em torno de como o sujeito enfrenta a perda e quais os recursos psíquicos que coloca em jogo para a processar. Na tristeza, a perda é aceite como uma experiência inevitável da vida.

No luto, é realizado um trabalho psíquico para reorganizar o mundo interno sem aquilo que se perdeu. Na melancolia, esse trabalho fica bloqueado: não se consegue aceitar o que se perdeu e, em vez de libertar, o sujeito confunde-se com o objeto ausente, fazendo recair sobre si mesmo o peso afetivo.

A tristeza: um sinal da nossa condição humana

A tristeza não é um sintoma nem uma patologia. É uma manifestação emocional que faz parte da vida psíquica saudável. Ela aparece quando nos deparamos com o que não podemos controlar ou possuir totalmente: a linguagem, as relações, o tempo, o corpo.

Esta emoção está ligada às duas grandes «falhas» estruturais do ser humano: por um lado, a impossibilidade de dominar completamente a linguagem e, por outro, a consciência da nossa condição sexual e mortal.

Estas falhas existenciais geram, por vezes, um sentimento de vazio ou de limite. A tristeza, então, não requer necessariamente uma perda concreta no mundo exterior; pode surgir por razões simbólicas ou internas.

Ao contrário do sofrimento melancólico, a tristeza pode abrir a possibilidade de reflexão, criatividade ou transformação. Nesse sentido, constitui uma via para reorganizar o sentido pessoal, sem implicar necessariamente um distúrbio.

O luto: elaboração psíquica de uma perda real

Quando uma pessoa, um vínculo ou um projeto desaparece do campo da realidade, o que ocorre é mais do que uma simples tristeza: é ativado um processo de luto.

Isso implica um esforço interno para redistribuir a energia emocional que estava ligada ao que foi perdido. A dor do luto ocorre porque o sujeito enfrenta um vazio, uma ausência que antes era ocupada por alguém ou algo significativo. O luto tem como objetivo permitir a separaç�


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