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Introdução à saúde mental perinatal

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Transcrição Introdução à saúde mental perinatal


A saúde mental perinatal refere-se ao estado emocional e psicológico da mulher durante a gravidez e até um ano após o parto.

Este período representa uma fase de alta vulnerabilidade para o desenvolvimento de transtornos psiquiátricos, como depressão e transtornos de ansiedade. Embora o DSM-5 delimite esta fase apenas até o primeiro mês pós-parto, evidências clínicas e epidemiológicas mostram que o impacto pode se estender consideravelmente mais, afetando o bem-estar da mãe, do bebé e da família.

A saúde mental perinatal é, portanto, uma questão prioritária de saúde pública que deve ser abordada com uma abordagem preventiva, diagnóstica e terapêutica. Estima-se que entre 10% e 16% das mulheres desenvolvem depressão grave durante a gravidez, e o risco aumenta após o parto, especialmente em contextos de vulnerabilidade.

As consequências da falta de intervenção adequada incluem não só a deterioração da saúde materna, mas também efeitos negativos no desenvolvimento neuroemocional do recém-nascido, no vínculo mãe-filho e no ambiente familiar em geral.

Diferenciação entre tristeza pós-parto (baby blues) e depressão pós-parto

Um fenómeno comum nos primeiros dias após o parto é o «baby blues» ou tristeza pós-parto, um estado emocional transitório que afeta entre 26% e 84% das mulheres. É caracterizado por choro fácil, irritabilidade, sensibilidade emocional, insónia e perda de apetite.

Estes sintomas geralmente aparecem entre o terceiro e o quinto dia após o parto e desaparecem por si próprios na segunda ou terceira semana, sem necessidade de tratamento médico.

Em contraste, a depressão pós-parto é um distúrbio mais grave e persistente, que pode começar na segunda ou terceira semana e prolongar-se por meses se não for tratada. Partilha sintomas com a depressão maior, como tristeza profunda, anedonia, sentimentos de culpa, desesperança e alterações do sono e da alimentação.

No entanto, no contexto perinatal, está também associada a pensamentos obsessivos sobre o bem-estar do bebé, ansiedade intensa e dificuldade em estabelecer uma ligação afetiva com o recém-nascido. Em casos mais graves, podem surgir ideias intrusivas de dano ao bebé ou a si própria, o que requer atenção clínica urgente.

Revisão histórica do reconhecimento clínico dos transtornos mentais na maternidade

O reconhecimento da doença mental relacionada à maternidade tem raízes antigas. Hipócrates já descrevia sintomas compatíveis com distúrbios p


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