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Ferramentas diagnósticas e escalas de avaliação

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Transcrição Ferramentas diagnósticas e escalas de avaliação


No diagnóstico da depressão em idosos, as ferramentas clínicas desempenham um papel fundamental, especialmente quando os sintomas não se manifestam de forma clássica.

Ao contrário de outros grupos etários, os idosos tendem a apresentar manifestações mais somáticas (dores, fadiga, alterações do sono ou do apetite), o que pode dificultar a identificação oportuna do transtorno depressivo. Portanto, o uso de escalas específicas e uma avaliação clínica integral são essenciais para um abordagem diagnóstica precisa.

Escalas específicas para triagem (Yesavage Geriatric Depression Scale)

Uma das ferramentas mais utilizadas para o rastreio da depressão na população geriátrica é a Escala de Depressão Geriátrica de Yesavage (GDS). Esta escala foi concebida especificamente para idosos, tendo em conta as suas particularidades cognitivas, emocionais e culturais.

Existem versões de 30 e 15 itens, sendo esta última muito útil em contextos clínicos rápidos. A GDS não inclui sintomas físicos, o que é fundamental, uma vez que muitos deles são comuns na velhice e podem sobrestimar os sintomas depressivos.

As perguntas centram-se em aspetos afetivos e cognitivos, como o interesse por atividades, o sentimento de inutilidade ou o prazer pela vida quotidiana. Pontuações superiores a 5 na versão curta sugerem depressão leve; mais de 10, depressão grave.

Utilização adequada das escalas de acordo com o contexto clínico

Embora as escalas sejam ferramentas úteis, elas não substituem a avaliação clínica. Devem ser interpretadas considerando o contexto biopsicossocial do paciente.

Por exemplo, a GDS é mais eficaz quando aplicada em pacientes sem deterioro cognitivo grave. Em aqueles com suspeita de demência, podem ser mais úteis instrumentos adaptados ou complementados com escalas cognitivas como o MMSE (Mini Mental State Examination).

Da mesma forma, em ambientes hospitalares, onde a depressão pode coexistir com comorbidades físicas, é necessário ter cautela ao interpretar os resultados, uma vez que sintomas como fadiga ou insónia podem ter múltiplas causas.

As escalas devem ser utilizadas como uma primeira aproximação, e o seu resultado deve ser sempre contrastado com o historial clínico, a entrevista psiquiátrica e os relatórios do ambiente familiar ou do cuidador principal.

Avaliação clínica e social integral do paciente geriátrico deprimido

A avaliação do idoso com suspeita de depressão não pode se concentrar apenas no estado de humor. É necessária uma visão ampla que contemple aspectos médicos, neurológicos, sociais e emocionais.

É indispensável considerar antecedentes de doenças crónicas, polifarmácia, eventos vitais estressantes recentes (lutos, perdas funcionais) e características do ambiente familiar ou institucional. A solidão, a perda de papéis sociais, o isolamento ou a redução de atividades recreativas são fatores que podem contribuir para ou manter um estado depressivo.

Além disso, devem ser investigados sintomas cognitivos — como alterações na atenção, memória ou pensamento —, uma vez que a depressão nesta fase pode ser confundida com distúrbios neurocognitivos. Da mesma forma, é importante explorar o risco de suicídio, que tende a ser subestimado neste grupo populacional.

O histórico clínico deve incluir dados sobre hábitos de vida, consumo de substâncias, funcionamento funcional e percepção de saúde. Assim, garante-se uma intervenção integral e adaptada às necessidades do paciente geriátrico, assegurando não só um diagnóstico preciso, mas também um tratamento eficaz e humanizado.


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