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Evolução histórica da depressão e suas formas de tratamento

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Transcrição Evolução histórica da depressão e suas formas de tratamento


A forma como a depressão tem sido entendida e abordada evoluiu notavelmente ao longo dos séculos.

Embora hoje seja considerada um distúrbio com base emocional, biológica e social, a sua conceptualização passou por várias etapas influenciadas pelo pensamento cultural, religioso e científico de cada época.

Origens antigas. Entre espiritualidade e castigo

Desde tempos remotos, existem referências a estados de profunda tristeza ou desânimo persistente.

Em civilizações como a mesopotâmica, já se falava de mal-estar semelhante ao que hoje entendemos como depressão.

No entanto, em muitas culturas antigas, esses sintomas eram atribuídos a forças sobrenaturais, como a presença de espíritos malignos ou maldições.

Por isso, os métodos utilizados para aliviar o sofrimento eram rituais religiosos, purificações, jejuns ou até mesmo castigos físicos, que buscavam «libertar» o indivíduo da entidade que o possuía.

Pensamento clássico. Primeiras explicações fisiológicas

Com o desenvolvimento da medicina na Grécia e Roma antigas, surgiram as primeiras teorias que tentavam explicar o sofrimento psíquico a partir de uma visão naturalista.

Começou-se a compreender que os distúrbios emocionais podiam ter uma origem física, relacionada com desequilíbrios nos fluidos internos do corpo.

Por exemplo, pensava-se que um excesso de um tipo de fluido corporal, como a bile negra, gerava um estado de melancolia.

Para tratar este desequilíbrio, recorria-se a terapias como dietas específicas, exercícios, banhos curativos ou técnicas como purgas e sangrias.

Embora hoje em dia esses métodos possam parecer rudimentares, a verdade é que representaram uma mudança importante: a ideia de que o mal-estar psicológico poderia ter uma causa corporal e não necessariamente espiritual.

Idade Média e Renascimento. Entre religião e ciência

Durante a Idade Média, as explicações religiosas recuperaram força, e muitos problemas emocionais voltaram a ser considerados manifestações do pecado ou da possessão espiritual.

Isso levou pessoas com sintomas depressivos a serem submetidas a práticas extremas, como penitências, confinamento ou exorcismos.

No entanto, durante o Renascimento, o interesse pela medicina e pelo conhecimento científico foi reavivado, o que permitiu o ressurgimento de teorias mais centradas no corpo e no ambiente.

O nascimento da psicoterapia moderna

No final do século XIX, com o surgimento da psicanálise, começou uma nova abordagem no tratamento do sofrimento mental.

Sigmund Freud, médico neurologista, propôs que muitas condições emocionais tinham origem em experiências reprimidas, principalmente da infância.

O seu método — baseado na exploração do inconsciente e na interpretação do discurso do paciente — marcou o início formal da psicoterapia.

Mais tarde, Carl Jung, inicialmente colaborador de Freud, propôs uma visão mais centrada no potencial do indivíduo, destacando o crescimento pessoal e o simbolismo interno.

A sua abordagem deu origem ao que hoje é conhecido como terapia humanista.

Um legado em construção

A compreensão da depressão continua em desenvolvimento. Ao longo da história, esta condição tem sido vista sob vários ângulos: religioso, médico, filosófico e psicológico.

Cada etapa deixou contribuições que, embora imperfeitas, contribuíram para a visão integral que se tem atualmente sobre a saúde mental.


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