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A depressão e os sintomas somáticos

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Transcrição A depressão e os sintomas somáticos


A depressão não se limita apenas aos sintomas psicológicos. Em muitos casos, o sofrimento emocional assume uma forma física, dando origem ao que é conhecido como sintomas somáticos.

Estes não se explicam por causas médicas evidentes, mas são reais, causam grande desconforto e podem interferir significativamente no funcionamento diário.

Manifestações físicas sem causa médica aparente

Os sintomas somáticos incluem desconforto físico, como dores musculares, fadiga persistente, problemas gastrointestinais ou alterações no sono.

Embora não haja uma doença orgânica clara, esses sinais costumam ser intensos e constantes, causando angústia física e emocional.

Frequentemente, eles se tornam o principal motivo de consulta médica, antes que a depressão seja identificada como a causa subjacente.

Vários estudos mostraram que até 80% das pessoas que sofrem de um transtorno depressivo apresentam esse tipo de manifestação física.

Além disso, observou-se que a presença de múltiplos sintomas somáticos — por exemplo, seis ou mais — aumenta significativamente o risco de desenvolver um quadro depressivo ou de ansiedade.

Indicadores físicos que dificultam o diagnóstico

Dores sem causa aparente, distúrbios do sono, alterações no apetite e sensação constante de cansaço são alguns dos sinais que podem estar a ocultar uma depressão.

Estes sintomas tendem a ser confundidos com outras doenças físicas, o que atrasa o diagnóstico preciso.

Mesmo após uma melhora parcial do humor, os desconfortos físicos podem persistir, atuando como uma barreira para a recuperação completa e aumentando a probabilidade de recaídas.

Impacto da dor física no bem-estar geral

O mal-estar corporal prolongado afeta a qualidade de vida e pode intensificar sentimentos de desesperança, isolamento e frustração.

Também tem sido associado a um maior risco de desenvolver doenças crónicas, como doenças cardíacas ou ósseas.

As limitações físicas decorrentes da dor dificultam a participação na vida profissional, social e familiar, aprofundando assim o impacto negativo do transtorno depressivo.

De uma perspetiva neurobiológica, estes sintomas estão relacionados com um desequilíbrio na forma como o cérebro processa a dor.

Alterações nos níveis de cortisol, serotonina e noradrenalina afetam a capacidade do sistema nervoso de regular adequadamente a dor, o sono e o apetite, perpetuando o ciclo de mal-estar físico e emocional.

Intervenção terapêutica e abordagem combinada

O tratamento mais eficaz combina intervenção médica e psicoterapia.

Os antidepressivos podem aliviar tanto os sintomas emocionais quanto os físicos, enquanto a psicoterapia permite abordar as emoções subjacentes e modificar a percepção da dor.

Essa combinação favorece uma recuperação mais sólida e reduz o risco de recaída.

Reconhecer a relação entre dor física e depressão é fundamental para oferecer uma abordagem clínica integral.

Quando os sintomas somáticos são tratados com a mesma importância que os emocionais, é mais provável alcançar uma recuperação completa e duradoura.


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