LOGIN

REGISTO
Buscador

Casos clínicos e integração da aprendizagem

Selecionar língua :

Inicie sessão para que o seu progresso seja registado. Sem iniciar sessão, poderá ver o vídeo, mas o seu progresso no curso não será aumentado

Transcrição Casos clínicos e integração da aprendizagem


O estudo da depressão em idosos requer, além de conhecimentos teóricos, a capacidade de aplicá-los a situações clínicas reais. A integração eficaz da aprendizagem é alcançada quando se combina a exploração de casos clínicos, uma entrevista geriátrica adequada e o uso pertinente de ferramentas de diagnóstico.

Análise e discussão de casos clínicos reais

Os casos clínicos permitem observar como os sintomas depressivos em idosos podem se apresentar de forma atípica ou estar mascarados por condições físicas.

É frequente que o idoso não verbalize diretamente sentimentos de tristeza, mas expresse mal-estar físico inespecífico, irritabilidade, retraimento social ou perda de interesse em atividades habituais. Também podem surgir queixas cognitivas que confundem o diagnóstico diferencial entre depressão e demência.

Analisar casos concretos favorece a compreensão dos múltiplos fatores que intervêm no aparecimento e na manutenção dos transtornos depressivos nesta população: perdas afetivas recentes, isolamento social, doenças crónicas, polifarmácia, entre outros. Além disso, permite exercitar o raciocínio clínico, a empatia e a capacidade de propor intervenções terapêuticas adaptadas ao contexto de cada paciente.

Como estruturar uma entrevista geriátrica eficaz

A entrevista clínica com um idoso requer certas adaptações. É fundamental promover um ambiente de escuta atenta e respeitosa, falar com clareza e paciência e usar uma linguagem compreensível.

A exploração do estado de ânimo deve ir além de perguntar se o paciente está triste; também se deve indagar sobre a perda de interesse, a qualidade do sono, as alterações no apetite, as dificuldades cognitivas, a sensação de inutilidade ou desesperança e os pensamentos relacionados com a morte.

Além disso, a entrevista deve incluir aspetos contextuais importantes: quem cuida do paciente, com quem ele mora, se ele tem pensão ou apoio financeiro, se sofreu perdas recentes ou se apresenta dependência funcional. O uso de perguntas abertas, juntamente com outras mais estruturadas, permite recolher informações relevantes de forma respeitosa e eficaz.

Integrando escalas, entrevistas e exames diagnósticos

O diagnóstico em saúde mental geriátrica é enriquecido quando diferentes fontes de informação são integradas. Escalas psicométricas, como a de Yesavage para deteção de depressão em idosos, oferecem uma triagem inicial útil.

Essas ferramentas devem ser aplicadas como complemento da entrevista clínica, não como substituto. Além disso, o diagnóstico deve considerar possíveis causas orgânicas que possam explicar ou exacerbar os sintomas depressivos.

Por isso, é recomendável solicitar exames laboratoriais que incluam função tireoidiana, níveis de vitamina B12 e D, hemograma e perfil metabólico. Na presença de queixas cognitivas, também pode ser útil realizar testes neuropsicológicos ou neuroimagens, para descartar deterioro cognitivo ou patologias neurológicas concomitantes.

A articulação entre a entrevista, as escalas clínicas e os exames médicos permite uma visão mais completa da paciente, melhora a precisão do diagnóstico e favorece um plano de tratamento individualizado, que responda às necessidades específicas desta fase do ciclo de vida.


casos clinicos integracao aprendizagem

Publicações Recentes de psicologia depressao

Existem erros ou melhorias?

Onde está o erro?

Qual é o erro?