Integridade e responsabilidade pessoal

Os Fundamentos da Autogestão

A autogestão eficaz, a capacidade de governar o nosso mundo interior em vez de sermos governados por ele, não se constrói do nada.

Assenta em dois pilares conceptuais de imensa força: a integridade e a responsabilidade pessoal.

Compreender e incorporar estes princípios é o primeiro passo para passar da reatividade emocional para a proatividade emocional.

Integridade. A Coerência entre Ser e Fazer

No contexto da inteligência emocional, a integridade vai para além da sua definição convencional de honestidade. Refere-se a um estado de coerência interna.

Viver com integridade significa alinhar as nossas ações diárias com os nossos valores mais profundos, os nossos comportamentos com as nossas crenças fundamentais.

É o compromisso radical de viver uma vida autêntica, fiel a nós próprios, em vez de uma vida concebida para agradar aos outros ou para corresponder a expectativas externas.

Quando existe um fosso entre o que consideramos importante e o que realmente fazemos, surge a dissonância interna.

Este atrito psicológico é uma fonte constante de stress, ansiedade insatisfação. A integridade, portanto, é o ato de preencher essa lacuna, de praticar o que pregamos.

Responsabilidade Pessoal. O Ato de Assumir o Comando

A responsabilidade pessoal é o princípio complementar.

É o ato de reconhecer e aceitar que, embora não possamos controlar tudo o que nos acontece, somos os únicos responsáveis ​​pelas nossas respostas.

Significa abandonar o hábito de culpar as circunstâncias, as outras pessoas ou o passado pelo nosso estado atual e assumir a total responsabilidade pelos nossos pensamentos, emoções e ações.

É uma mudança de mentalidade de vítima ("isso acontece comigo") para protagonista ("eu escolho como responder a isto").

O Poder da Combinação

Quando a integridade e a responsabilidade pessoal se juntam, ocorre uma sinergia transformadora.

A integridade dá-nos o "quê"; a direção definida pelos nossos valores; e a responsabilidade dá-nos o "como"; o poder de escolher as nossas ações para seguirmos nessa direção.

Adotar estes dois princípios é um ato supremo de maturidade emocional.

Ele capacita-nos a deixar de ser folhas levadas pelo vento e a tornarmo-nos capitães do nosso próprio navio, navegando nas águas da vida com propósito, autenticidade e um profundo sentido de controlo interno.