Ganhar respeito

Se pensa que um pai ou uma mãe não precisa de ganhar o respeito dos seus filhos, está enganado.

Há muitas famílias em que a relação entre pais e filhos não se baseia no respeito ou na admiração. Em vez disso, estabelece-se uma dinâmica em que o pai dá ordens e o filho segue-as sem questionar.

Em que momento é que as crianças se tornaram robots que cumprem cegamente mandatos externos? Também eles pensam e questionam certas leis impostas sem um breve consenso familiar.

A lei.

• Esta é a minha casa e o que eu disser será feito.

A frase diz-lhe alguma coisa? Essa lei imposta é muito boa se quiser parecer um ogre para os seus filhos. Se queres parecer um pai compreensivo e digno de confiança, não a repitas.

Repare no efeito de "imitação" que o nosso comportamento exerce sobre os nossos filhos: ouvimos essa frase dos nossos pais, e eles, por sua vez, aprendem-na dos pais deles, e assim sucessivamente. Se quer ganhar o respeito dos seus filhos, deixe-me dizer-lhe que este é o último recurso.

Consideração.

Antes de pensar em ganhar o respeito do seu filho, deixe-me partilhar o seguinte: Os adolescentes, regra geral, não são atenciosos. Mas não leve isso a peito. Durante esta fase, a perceção que têm de si próprios pode ficar distorcida e podem sentir que ninguém os compreende.

Nalgumas coisas são crianças e noutras são muito grandes. Por isso, não pense que, ao dizer "és tão irrefletido", ele vai começar a respeitá-lo.

Seja persistente com os limites.

No entanto, é possível ensinar a "consideração". Para isso, já falámos da importância da autoridade positiva e do estabelecimento de limites firmes. É importante evitar ultrapassar os limites.

Um limite existe por uma razão. Se, mais tarde, achar que não é necessário, negue-o ao seu filho, mas não o remova porque o considera "fora do sítio". Você não é o Hitler; as coisas não podem ser feitas só porque você o diz. O seu filho também sente e interpreta as situações.

Dê o exemplo.

Durante os primeiros sete anos de vida, as crianças tendem a imitar os comportamentos que vêem à sua volta e a adotar crenças que não são as suas, só porque você, como pai ou mãe, é o ponto de referência mais próximo para elas.

Não tente obrigar o seu filho a manter uma atitude de respeito para com as pessoas com quem se cruza, se você é o primeiro a não o conseguir fazer. Tenha autoridade moral para rever o que exige e não faz. A afirmação direta "eu sou o pai, eu consigo fazer isso" não funciona.

Admiração.

Influencia pelo exemplo, não deixa que os limites sejam transgredidos e dedica espaço para uma conversa calma. Sabe qual o efeito que isto terá?

Admiração: um dos principais pilares que o seu filho inconscientemente exige de si.

Se também se der a conhecer como uma pessoa acessível que compreende e tenta interessar-se pelas coisas que são importantes para ele, será bem-vindo para contribuir ou aconselhá-lo na sua vida. Eles não dão esse lugar a qualquer um.

Orientação.

De seguida, vamos desvendar algumas questões para saber como orientar a parentalidade no sentido de reforçar o comportamento. Certifique-se de que, depois de terminada a discussão, ambos permanecem em silêncio, evitando assim que o ego interfira nas respostas e tente ter sempre razão:

• Como é que se sente?

• Como achas que te terias sentido se tivesses agido de forma diferente?

• Achas que a tua resposta foi adequada?

Estas perguntas adicionais encorajam a honestidade:

• O que sentiu na altura foi autêntico? Reserve um momento para refletir sobre os ganhos ou perdas que teve - valeu a pena?

Em termos de responsabilidade, estas perguntas po