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Plasticidade cerebral e sua relevância para a intervenção

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A plasticidade cerebral, a capacidade do cérebro para mudar e se adaptar ao longo da vida em resposta à experiência e ao ambiente, é um fenómeno fascinante que tem captado a atenção de investigadores e profissionais de saúde.

Nesta sessão, vamos explorar em pormenor a plasticidade cerebral e a sua importância no contexto da intervenção nas dificuldades de aprendizagem, com particular incidência na dislexia. Dos fundamentos neurobiológicos às estratégias de intervenção que capitalizam a plasticidade cerebral, discutiremos como este fenómeno dinâmico pode influenciar positivamente o desenvolvimento das competências de leitura.

Fundamentos neurobiológicos da plasticidade cerebral

A plasticidade cerebral é sustentada por alterações sinápticas e estruturais nos neurónios. A capacidade das sinapses para se fortalecerem ou enfraquecerem em resposta à atividade neuronal é essencial para a adaptação a novas experiências e à aprendizagem. Factores como a libertação de neurotransmissores e a formação de novas ligações neuronais são fundamentais para compreender como o cérebro se molda ao longo do tempo.

Além dos neurónios, as células gliais, como os astrócitos, desempenham um papel crucial na plasticidade cerebral. A sua função na regulação do ambiente neuronal e na modulação da transmissão sináptica contribui para a adaptabilidade do cérebro em resposta a estímulos externos.

Plasticidade cerebral no desenvolvimento infantil

A plasticidade cerebral é mais proeminente durante o desenvolvimento infantil. Na infância e na adolescência, o cérebro é especialmente recetivo à experiência e à estimulação. As primeiras experiências, quer sejam positivas ou negativas, podem deixar marcas duradouras na organização e funcionamento do cérebro.

Foram identificados períodos sensíveis no desenvolvimento, alturas em que o cérebro é particularmente sensível a estímulos específicos. Estas janelas de plasticidade oferecem oportunidades únicas para intervenções precoces e estratégicas, especialmente relevantes no contexto de perturbações da aprendizagem como a dislexia.

A investigação sugere que a plasticidade cerebral nas pessoas com dislexia pode ser influenciada por desafios neurobiológicos específicos. As diferenças na ativação de áreas cerebrais fundamentais, como o giro fusiforme e o giro angular, podem afetar a capacidade do cérebro para se adaptar eficazmente durante a leitura.

No entanto, a plasticidade cerebral também apresenta oportunidades significativas de intervenção na dislexia. Estratégias e programas pedagógicos específicos, concebidos para capitalizar a plasticidade neural, podem ter um impacto positivo no desenvolvimento das competências de leitura, especialmente quando implementados durante períodos sensíveis do desenvolvimento.

Estratégias de intervenção baseadas na plasticidade cerebral

A estimulação sensorial e motora foi identificada como uma estratégia eficaz para capitalizar a plasticidade cerebral na intervenção da dislexia. As actividades que envolvem múltiplos sentidos e movimentos, como a leitura tátil e exercícios motores específicos, podem reforçar as ligações neurais associadas à leitura.

Os programas de treino cognitivo concebidos para melhorar funções específicas, como a memória de trabalho e o processamento fonológico, também tiram partido da plasticidade cerebral. Estes programas procuram reforçar as redes neuronais subjacentes às competências de leitura e melhorar a eficiência do processamento da informação.

Plasticidade cerebral do adulto e aprendizagem ao longo da vida

Embora a plasticidade cerebral seja mais proeminente no desenvolvimento precoce, a investigação demonstrou que persiste ao longo da vida. Os adultos podem registar alterações estruturais e funcionais no cérebro em resposta a novas aprendizagens, o que realça a importância da aprendizagem ao longo da vida para manter a plasticidade.

No contexto da dislexia do adulto, a reabilitação cognitiva baseada na plasticidade cerebral pode ser valiosa. As estratégias que abordam dificuldades de leitura específicas, combinadas com técnicas de modificação da plasticidade, podem oferecer melhorias significativas nas capacidades de leitura dos adultos com dislexia.

As tecnologias de intervenção surgiram como ferramentas poderosas para capitalizar a plasticidade cerebral. As aplicações e o software concebidos para se adaptarem às necessidades individuais e fornecerem feedback imediato podem criar experiências de aprendizagem altamente personalizadas, aproveitando eficazmente a plasticidade cerebral.

Realidade virtual e neurofeedback

A realidade virtual e o neurofeedback são áreas de investigação promissoras. Estas tecnologias permitem experiências imersivas e a monitorização em tempo real da atividade cerebral, proporcionando oportunidades únicas para visar especificamente a plasticidade neural e medir o progresso da intervenção.

Neurobiologia da Mudança e Resiliência Cognitiva

A resiliência cognitiva, a capacidade de recuperar de desafios e de se adaptar positivamente, tem raízes neurobiológicas. A plasticidade cerebral contribui para a capacidade do cérebro de mudar e compensar, facilitando o desenvolvimento de estratégias alternativas e promovendo a resiliência no contexto da dislexia.

As intervenções que promovem a resiliência cognitiva em pessoas com dislexia centram-se no reforço das capacidades compensatórias e no aumento da auto-eficácia. As estratégias que incentivam uma abordagem positiva da aprendizagem e da leitura podem ter um impacto duradouro na resiliência cognitiva.


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Transcrição Plasticidade cerebral e sua relevância para a intervenção



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