PorCursosOnline55
Crise do sistema alimentar - nutricao
Atualmente, vivemos numa realidade em que abundam uma grande variedade de alimentos que, embora deliciosos, são prejudiciais à nossa saúde. Permitimos que o comércio de alimentos nocivos se normalizasse. Enquanto nos concentramos em proteger as crianças do tabaco, muitas vezes ignoramos o facto de que elas estão a consumir produtos que podem ser responsáveis por muitas doenças no seu futuro.
Em países como os Estados Unidos, a obesidade é um problema alarmante que ceifa muitas vidas todos os anos. O mais preocupante é que ninguém parece estar interessado em resolver este problema na sua essência. As empresas que estão por detrás da produção destes produtos, se é que lhes podemos chamar alimentos, gastam milhões de dólares por ano para nos distrair do facto de haver muito açúcar num refrigerante ou muita gordura saturada na "fast food".
Uma dieta inadequada, que não fornece os nutrientes essenciais ao corpo humano, tornou-se um problema tão grave que levou várias universidades a estudar os seus efeitos. A investigação produziu resultados alarmantes: a má alimentação causa mais mortes por ano do que o tabagismo, a hipertensão ou mesmo a poluição ambiental. Este facto deve levar-nos a repensar seriamente os nossos hábitos alimentares.
Embora vivamos na era da informação, onde temos acesso a inúmeros recursos sobre alimentação saudável e vida saudável, enfrentamos obstáculos poderosos. As empresas que dominam o mercado da comida de plástico ganham milhões à custa da nossa saúde. Apesar de existirem inúmeros estudos científicos que demonstram os perigos de certos alimentos, a ideia de alterar as fórmulas destes produtos parece uma tarefa hercúlea.
O quadro é complicado. Alguns dos alimentos que encontramos no mercado nem sequer deveriam ser vendidos. Os rótulos nutricionais de certos produtos são uma anedota em termos de nutrição. O excesso de açúcar nas bebidas gaseificadas é prejudicial, enquanto o sódio e as gorduras saturadas presentes na fast food são a causa de múltiplas doenças cardiovasculares, hipertensão, colesterol elevado, obesidade, diabetes, entre outras.
No entanto, nem tudo está perdido. As novas tendências na alimentação trazem alguma esperança.
Nos últimos anos, temos assistido a um recrudescimento das tendências de alimentação mais saudável, sobretudo nos países mais desenvolvidos. Cada vez mais se questiona a ética de algumas empresas que, apesar das provas científicas, continuam a vender produtos nocivos. A luta contra o açúcar tem levado novos empresários a procurar alternativas mais saudáveis para adoçar os seus produtos. Além disso, o consumo de alimentos com baixo teor de sódio e gordura saturada ganhou popularidade e cada vez mais pessoas reconhecem a importância de fazer escolhas conscientes sobre o que consumimos.
Estamos numa encruzilhada. Os produtos nocivos continuam a existir porque há empresas que os produzem, e essas empresas produzem-nos porque há consumidores que os compram. Felizmente, colocar um novo produto no mercado com a marca de ser saudável e saboroso é agora uma vantagem. Este facto levou os empresários a inovar e a desenvolver fórmulas mais saudáveis. No entanto, as empresas que fabricam alimentos pouco saudáveis continuam a gerar grandes receitas e não mostram sinais de mudar as suas receitas. Assim, só resta uma opção: continuar a educar e a informar para que mais pessoas optem por um estilo de vida saudável.