O mecanismo do stress e a sua origem evolutiva

A resposta de luta ou fuga

Para compreender o controlo emocional, precisamos de compreender o stress. O stress é uma resposta natural do nosso organismo, concebida para a sobrevivência.

Quando nos deparamos com uma ameaça, a resposta de luta ou fuga é ativada. O cérebro deteta o perigo e liberta hormonas como a adrenalina e o cortisol.

O exemplo da savana: o predador como estímulo externo

Estas hormonas preparam o corpo para uma ação intensa: o coração bate mais depressa, a respiração acelera, os sentidos tornam-se mais apurados.

Imagine os nossos antepassados na savana africana; o aparecimento de um predador ativava este mecanismo. Era a diferença entre viver ou morrer.

Stress como mecanismo instintivo de sobrevivência

Num contexto evolutivo, este sistema era incrivelmente útil.

O estímulo que o desencadeava era sempre externo e físico: um predador, um inimigo, um desastre natural.

O problema é que este sistema antigo ainda opera em nós, num ambiente que mudou radicalmente.

Diferença entre a activação devido a um perigo real e a activação devido pensamento

Já não enfrentamos leões na nossa vida diária. No entanto, os nossos cérebros ainda utilizam o mesmo mecanismo para responder a ameaças no mundo moderno.

Ameaças que muitas vezes não são físicas, mas sim psicológicas. E é aí que começa hoje a complexidade da gestão do stress.

Resumo

O stress ativa uma reação biológica chamada luta ou fuga, concebida para a nossa sobrevivência. Hormonas como o cortisol e a adrenalina preparam o corpo para enfrentar perigos imediatos. No passado, esta resposta era útil perante ameaças físicas, como predadores, onde a ação rápida significava sobrevivência. Os nossos corpos entravam em overdrive perante esses estímulos externos. Hoje, sem ameaças físicas constantes, este sistema reage a pensamentos e preocupações, causando stress desnecessário. A dificuldade moderna é distinguir entre os perigos reais e os criados pela mente.