PorCursosOnline55
Incentivar a responsabilidade - promocao autonomia criancas
A responsabilidade é um dos valores mais importantes na educação dos nossos filhos. Devemos ser capazes de ensinar os nossos filhos a respeitarem os seus compromissos e a assumirem as consequências dos seus actos se não os cumprirem. Por vezes, temos dificuldade em incutir estes valores devido ao sentimento de superproteção. A superproteção é prejudicial para o crescimento pessoal das crianças, uma vez que, mais cedo ou mais tarde, elas começarão a interagir com o resto da sociedade e nós não seremos capazes de assumir os encargos que, por natureza, farão parte delas.
Tendo isto em conta, é preferível que aprendam num ambiente de confiança e controlado, sob a orientação dos pais, antes de serem responsáveis pelos seus actos perante terceiros. Durante a elaboração deste guia, abordaremos uma série de recomendações, a fim de vos facilitar o incentivo à responsabilidade dos vossos filhos e contribuir assim para o seu crescimento e desenvolvimento pessoal.
Quando se trata de responsabilidade, a primeira coisa que temos de ensinar aos nossos filhos é o valor dos compromissos. Comprometermo-nos a fazer algo implica que daremos todos os passos necessários para o conseguir, utilizando os nossos recursos de forma eficiente. A responsabilidade vem do facto de não sermos levianos nos nossos compromissos. Não temos de aceitar tudo o que nos é pedido, nem devemos concordar com acções para as quais não estamos preparados ou dispostos a fazer. Ser responsável é também saber dizer não, quando esse "não" representa o cuidado com a nossa integridade e o valor da nossa palavra.
Devemos escolher cuidadosamente o que e com quem nos comprometemos a fazer algo. Só quando temos a certeza de que, aconteça o que acontecer, tentaremos realizar uma determinada tarefa é que assumimos uma responsabilidade perante terceiros. É melhor ser honesto desde o início do que estar na situação de faltar à nossa palavra.
Uma vez assumido um compromisso, com tudo o que isso implica, pode acontecer que, por razões alheias à nossa vontade ou por má diligência da nossa parte, acabemos por faltar a esse compromisso. Em ambos os casos, devemos estar conscientes de que as consequências de tais acções devem ser assumidas na íntegra. Somos responsáveis pelos resultados, não pelas intenções. Fazer com que os nossos filhos compreendam este conceito permitir-lhes-á crescer como pessoas e tornarem-se melhores profissionais no futuro.
Tanto na vida social como na vida profissional, não há consequências positivas ou negativas que não tenham uma pessoa responsável por detrás. Não devemos ter medo de assumir responsabilidades, é uma espécie de dívida e deve ser paga para que possamos continuar o nosso caminho e corrigir os nossos actos.
Não proteja o seu filho da responsabilidade nem tente pagar as consequências dos seus actos. O que hoje pode ser um pequeno compromisso familiar, amanhã é uma falta profissional grave ou uma negligência das responsabilidades sociais que pode ter consequências significativas. A superproteção apenas dificulta a sua educação e impede-o de ter um contacto com a realidade que, mais cedo ou mais tarde, terá de enfrentar.
No seio da família, há muitas responsabilidades menores que podem ser facilmente delegadas ao seu filho. Comece por ensinar ao seu filho pequenas tarefas que exigem algum empenhamento para serem realizadas. Diga ao seu filho que o não cumprimento destas responsabilidades terá consequências e que não hesitará em as fazer cumprir. O lar é a primeira escola e, como tal, é preciso dar exemplos práticos para incutir um valor duradouro. Só assim é que o seu crescimento e desenvolvimento se podem efetuar de forma progressiva, sem ter de enfrentar problemas maiores no futuro.