Transcrição O poder da narração de histórias como técnica de falar em público
Existem muitos recursos que podem ser utilizados para comunicar eficazmente durante um discurso; entre eles estão as histórias. As histórias permitem-lhe articular uma narrativa divertida que capta a atenção do ouvinte até chegar a um desfecho que se relaciona com os pontos essenciais do seu discurso. Embora esta técnica seja muito útil para falar em público, é importante que passemos tempo suficiente a dominá-la antes de a utilizarmos. Quando contamos uma história, esta deve ter uma intenção de fundo. A história é um dispositivo narrativo, não um enchimento.
Por mais aborrecido que seja o tema do seu discurso, uma boa história pode ser o complemento especial para animar o seu discurso e manter os seus ouvintes interessados. Durante esta sessão, iremos discutir a utilização da narração de histórias como uma técnica de oratória. Depois de incorporar este conhecimento, terá um recurso poderoso para construir o seu discurso de uma forma agradável e divertida.
Utilizar as histórias como um guia, não como um enchimento: As histórias devem ser um guia comunicativo para o ouvinte. Isto significa que o desenlace da sua história deve ter uma intenção clara de aproximar a audiência dos conceitos e ideias abordados durante o discurso. Quando isto não é conseguido, transmite-se a sensação de que se utilizou a história como um enchimento para alongar o discurso. Este tipo de comunicação pode ser prejudicial porque afasta a audiência da mensagem que se pretende transmitir, dissocia a sua atenção e dificulta o estabelecimento de ligações lógicas que lhe permitam prosseguir o fio da narrativa.
Antes de incluir uma história no seu discurso, avalie se ela é bem estruturada, compreensível e coerente com a mensagem da apresentação. Se a história não contribuir com elementos a favor do seu fio narrativo, o melhor é omiti-la ou modificá-la para que se adapte ao discurso específico.
Gerar interação com o público: Uma das formas mais eficazes de saber se o público não perdeu o fio narrativo é manter um certo grau de interação com o público. A introdução de uma história permite abrir duas linhas narrativas no mesmo discurso. Em primeiro lugar, tem-se um discurso com a sua própria estrutura lógica, ao qual se incorpora um segundo discurso, mais curto, que deve ser concluído dentro do primeiro. Manter duas linhas narrativas juntas pode causar um certo grau de dissuasão no ouvinte, que pode perder a ideia essencial que quer comunicar e começar a vaguear por elementos secundários.
No meio da história, pode optar por fazer uma pergunta ou uma piada. Desta forma, procura avaliar o grau de atenção da audiência para ver se ainda está ligada à mensagem ou se começa a divagar.
Nãosobrecarregue o seu discurso com histórias: Não existe uma regra geral sobre o número de histórias que pode incluir num discurso ou sobre os momentos certos para as incluir; no entanto, deve ter bem claro que quanto mais histórias incluir, mais complexo será fazer com que se liguem à mensagem central do discurso. Quando está a começar a desenvolver as suas capacidades de falar em público, é melhor usar apenas uma história curta e concisa, com a intenção clara de simplesmente explicar alguns conceitos ou destacar a essência da sua mensagem principal. Não tenha medo de experimentar histórias mais longas à medida que a sua experiência aumenta. O segredo é progredir gradualmente para evitar erros desnecessários.
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