Transcrição Utilizar as suas próprias experiências para contar histórias.
As histórias podem ser um recurso narrativo poderoso no desenvolvimento de um discurso. Se as utilizar de forma lógica e tentar estabelecer uma ligação com a essência da mensagem principal do seu discurso, poderá orientar o público para o desenvolvimento de uma mensagem mais agradável e mais fácil de compreender. Uma história pode ser inspirada em elementos fictícios ou anedóticos, quer de outros quer de si próprio. Quando a história que contamos faz alusão às nossas próprias experiências, gera uma comunicação mais natural, com impacto na sensibilidade do ouvinte.
Construir histórias que reflictam parte da nossa própria realidade e experiências quotidianas é uma excelente ideia quando se aborda pela primeira vez a utilização deste recurso no discurso público. Durante o desenvolvimento desta sessão, iremos aprofundar este tema, para que possa ter mais elementos na altura de elaborar os seus discursos.
Vantagens de utilizar as nossas próprias experiências: É comum que alguns oradores experientes recriem histórias baseadas nas experiências de outras pessoas ou simplesmente usem a ficção para embelezar seus argumentos. Esta prática não é a mais recomendada para um orador principiante, pois pode sofrer de falta de naturalidade ou de contradições que distorcem a mensagem. Quando nos baseamos nas nossas próprias experiências, somos capazes de reviver, com grande exatidão, os sentimentos e sensações reais associados aos acontecimentos narrados. Uma história nossa será transmitida de uma forma mais convincente e não perderá a sua essência, mesmo que seja recontada muitas vezes.
Outra vantagem de utilizar as nossas próprias experiências é a facilidade com que podemos ajustar a duração da história em função da duração da apresentação. É muito mais fácil simplificar ou alargar a própria história, sabendo de antemão quais são os pontos essenciais e tendo elementos complementares que podem ser introduzidos se necessário.
Maior legitimidade: As histórias baseadas nas nossas experiências têm geralmente maior legitimidade aos olhos do público. As pessoas gostam de ouvir como o orador sofreu ou viveu um acontecimento que, de uma forma ou de outra, contribuiu para a sua experiência atual. Quando narramos as experiências de outras pessoas, perdemos a ligação entre o sentimento real da pessoa que sofreu e a pessoa que está a contar a história. É fácil responder a perguntas, desenvolver argumentos ou aprofundar as próprias anedotas do que as dos outros. A legitimidade das experiências do orador é muito importante para preservar o sentido de credibilidade que manterá o ouvinte ligado ao orador.
Elementos de ficção: Como já foi referido, os elementos de ficção podem ser úteis para construir e embelezar uma história. Se quiser acrescentar elementos fictícios para tornar a história mais cativante ou para enfatizar a mensagem da história, comece pelas suas próprias experiências. É mais fácil abordar a utilização desta técnica quando se tem uma história real como base, uma vez que os elementos fictícios servirão apenas como um complemento decorativo, sem desvirtuar a linha real dos acontecimentos.
Não se esqueça de que a introdução de elementos ficcionais requer mais habilidade narrativa. Esta competência será adquirida progressivamente ao longo do tempo, à medida que aumenta o número de trabalhos que produz. Sabendo isto, recomenda-se que tenha pelo menos uma história real para apoiar a essência da mensagem, mesmo que os elementos ficcionais não sejam bem elaborados ou gerem contradições.
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